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Mostrando postagens de 2008

Terremoto em Caicó

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Um amigo caicoense, curioso da história da cidade, pesquisando documentos antigos de um cartório local, meio sem querer encontrou um comunicado estranhíssimo cujo teor reproduzo abaixo e que indica ter havido tremores de terra em Caicó (aliás, meu amigo Ubaldo Medeiros, me comentou sobre tal fato e diz que os tais tremores - ele lembra que era menino na época - foram sentidos lá em São João do Sabugi). A partir da descoberta desse comunicado, o curioso e incansável pesquisador procedeu a novas investigações em torno do contexto em que o tal documento se inseria e conseguiu reunir elementos para a reconstituição de toda a história que cerca o tal comunicado. Pelo teor do documento dá para perceber que a coisa toda se deu em algum período entre 1968 e 1976, período brabo da ditadura militar e de grande atividade sísmica em todo o mundo. Nesse período, coincidentemente ocorreu uma grande catástrofe no Peru (mais exatamente em 31 de maio de 1970) e na China (750 mil mortos), em 1976. Por e

Receita de Ano Novo (mais uma do Bom Velhinho...não, não estou falando de Papai Noel e sim de Drummond)

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Para meus (novos e velhos) amigos e amigas (daqui e d'alhures), na falta de inspiração de escrever algo bem bonito e significativo sobre o Ano Novo, me valho do poetinha que mais tenho sentido empatia. Um feliz 2009 para todos. "Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?) Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumadas nem parvament

Acertar o sapato no Bush

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Olá pessoal, Junto-me aos nossos amigos de fé, irmãos camaradas, que tentaram - mas infelizmente não conseguiram - acertar uma sapatada no Bush. (para ver as cenas reais, acesse http://br.youtube.com/watch?v=ovoTgUCf7_E) Quem quiser tentar, é só acessar o linque abaixo: http://charges.uol.com.br/game_ver.php?game_pk=37

Quando começou nosso erro? texto de Leonardo Boff

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Negada... O cara aí (Leonardo Boff) é um dos maiores representantes da Teologia da Libertação. Simplesmente sentou na mesma cadeira de Galileu Galilei para encarar o Santo Ofício, quando este era dirigido pelo então Cardeal Ratzinger (atual Papa Bento XVI). Escreveu coisas que a Santa Madre Igreja não aprovou e, por isso, foi obrigado a ficar em Silêncio Obsequioso. Fui ver a palestra e, ao seu modo "franciscano", foi simples e direto: mensagens sobre o reconhecimento que precisamos ter de que moramos (todos) na mesma casa (o planeta Terra) é ao mesmo tempo, uma percepção simples e grandiosa de nossas tarefas como moradores daqui. Cuidar de nossa Mãe-Terra, como extensão de um auto-cuidado; consumir de forma equilibrada, como forma de, ao mesmo tempo, reduzir o desperdício e inibir a superprodução de lixo; proteger a natureza e os animais, como extensão de nossa própria proteção...Enfim...o artigo abaixo (postado junto com a divulgação da palestra de ontem) vai ficar aí...Out

Da série "lê poesia quem quer, escreve quem tem coragem"

CORAÇÃO ROUBADO (Aos que tiveram corações roubados, devolvidos, extraviados, traficados, surrados, batidos, apalpados, guardados, incertos, presos, soltos, acordados, dormidos, perdidos, encontrados, emprestados, dados, vendidos...) Me dá meu coração de volta. Me dá o que você tomou de mim. Devolva minha vida e minha morte, O meu lado bom, meu lado ruim. Me dá seu coração de volta. Me dá o que eu tomei de si. Devolva seu azar e sua sorte, Seu brado bom, molhado, sim. Me dá minha cor e ação de volta. Me dá, que você tornou a mim. Devolva som e silêncio início, meio e fim.

Um poemeu amoroso...

Aqui vai mais um poemeu (quadrinhas ingênuas) que cometi em nome da loucura e da liberdade que só os poetas têm e a poesia proporciona. Quem não suportar ler até o fim pode fechar a página...A poesia também permite isso...rs... O meu amor agora. O meu amor é meu. O meu amor amora. Amor amante amanheceu. O meu amor é vento. Amor (é)ventual. O meu amor elemento. Amor débil mental. O meu amor devora o meu amor que é seu. O seu amor senhora Do meu amor morfeu. O meu amor tolera O meu amor errante. Amor que quebra, requebra, Um grande amor mutante. O meu amor à dois O meu amor à três, Amor que não se expôs, Amor que já se fez. O meu amor afoito. O meu amor nasceu. Amor de setemeses. O meu amor sofreu. O meu amor sozinho Amor multidão Um meu amor anônimo Aberto e em construção. O meu amor perdido O meu amor achado O meu amor ferido O meu amor soldado. O meu amor veneno. O meu amor morreu. Amor suicida. O meu amor Romeu. O meu amor poc

Não diga bobagem, Fernando Henrique.

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Gilson Caroni Filho é colunista da Carta Maior e publicou recentemente um artigo sobre os últimos comentários do Sr. FHC sobre a forma com o Governo Lula está se conduzindo frente à crise econômica que atravessa a rua de nossa casa...Reproduzu-o aqui. Abraços, "A psiquiatria define obsessão como idéias ou imagens que ocorrem repetidamente e parecem estar fora de controle. A compulsão surge, então, para aliviar a angústia que essas idéias e imagens provocam. As últimas críticas de Fernando Henrique Cardoso ao presidente Lula estão inseridas em recorrentes esforços de apagar e reescrever a triste história dos seus dois mandatos sucessivos. Ao aproveitar um encontro com prefeitos eleitos pelo PSDB paulista para atacar o atual governo, FHC comporta-se como uma pessoa que apresenta duas ou mais personalidades, sendo que a função de uma delas é dissimular seu verdadeiro estado, escondendo-se do mundo exterior, de sua própria realidade. Curiosamente, parece viver somente agora o

A CRISE DA EXTREMA ESQUERDA

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Emir Sader é um dos mais lúcidos analistas políticos que conheço. Semana passada em seu blog ele publicou um artigo de conteúdo provocador. A pouca repercussão que teve, de certa forma, confirma algumas das teses que ele mesmo apresenta em seu argumento. Boa semana a todos e todas. "Os resultados das eleições municipais vieram corroborar o que o cenário político nacional já permitia ver: o esgotamento do impulso da extrema esquerda, que tinha sido relançada no começo do governo Lula. A votação em torno de 1% de dois dos seus três parlamentares, candidatos a prefeito em São Paulo e no Rio de Janeiro, com votações significativamente menores do que as que tiveram como candidatos a deputados, sem falar na diferença colossal em relação à candidata à presidência, apenas dois anos antes – são a expressão eleitoral, quantitativa, que se estendeu por praticamente todo o país, do esgotamento prematuro de um projeto que se iniciou com uma lógica clara, mas esbarrou cedo em limitaçõe

Opinião: Porque o império dos EUA tolerou a eleição de um afro-americano

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Reproduzo aqui um artigo do Dennis de Oliveira, jornalista e professor da Escola de Comunicações e Artes da USP, publicado na Revista Fórum, cujo teor assimila de uma forma muito lúcida a vitória de Barak Obama nas últimas eleições americanas. "Nunca uma eleição estadunidense repercutiu tanto na opinião pública como a recente que levou à presidência o afro-americano Barack Obama. Mereceu até caderno especial Mais da Folha de S. Paulo (em 09/11) em que um dos artigos afirma taxativamente que Obama não é negro, é “mestiço”. Não foi o que se viu na campanha ultraconservadora dos republicanos, desesperados ante a derrota fragorosa que se avizinhava às vésperas do pleito. Há também entusiasmos exagerados do outro lado. Alguns militantes do movimento negro brasileiro chegaram a dizer que a eleição de Obama demonstrava que nos EUA há mais “tolerância racial” que no Brasil. A eleição de um operário metalúrgico no Brasil não significa que aqui as relações de classe são mais “igualitárias”

Mudanças no Sistema S

Finalmente algumas estruturas ancestrais começam a ser mexidas...o tamanho e o alcance ainda deverão ser medidos, mas o certo é que um sistema que é abastecido e mantido com recursos públicos, há muito tempo que já deveria estar voltado àqueles que dele precisam mais imediatamente. Portanto, é de se alegrar que Lulão tenha assinado decretos que alteram os regimentos dos serviços do Sistema S. A partir de agora, SESI, SESC e SENAI devem ampliar a gratuidade e o número de vagas em cursos técnicos de formação inicial e continuada destinados a alunos e trabalhadores de baixa renda, empregados ou desempregados, em todo o país. Em 60 anos, é a primeira vez que ocorre uma grande reforma no estatuto das entidades. Na prática, jovens e adultos terão mais oportunidades de se qualificar em cursos gratuitos de formação inicial e continuada oferecidos em módulos. Foi estabelecido um itinerário formativo, pelo qual o aluno ou o trabalhador vai se qualificando de acordo com a necessidade e as demanda

Um caicoense na Pensilvânia

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Recebi este registro de um colega caicoense que passou um tempo nos Estados Unidos e comemorava a vitória de Obama. Mas, sem o menor desejo em voltar a morar lá pela experiência contada aqui a partir de extratos de um diário que ele escreveu e eu, agora, publico. Abraços a todos e todas. Agosto, 12 Hoje me mudei para minha nova casa no estado da Pensilvânia. Que paz! Tudo aqui é tão bonito. As montanhas são tão majestosas. Quase que não posso esperar para vê-las cobertas de neve. Que bom haver deixado para trás o calor, o tráfego na avenida Cel. Martiniano em dia de feira, a violência, a poluição e aqueles brasileiros mal-educados de Caicó. Isto sim que é vida. Outubro, 14 Pensilvânia é o lugar mais bonito que já vi em minha vida. As folhas passaram por todos os tons de cor entre o vermelho e o laranja. Que bom ter as quatro estações. Diferente de Caicó que na maioria do ano é sempre verão. Saímos a passear pelos bosques e, pela primeira vez, vi um cervo. São tão ágeis, tão elegantes,

Sobre um certo corte na mão...

Queria a vida assim... O pão do meu trabalho, posto sobre a mesa, à espera de minha fome. Pego-o todos os dias, mas, hoje, por um descuido, urdido pelos deuses das mãos trêmulas, ao cortá-lo, cortei também um dedo. Ele sangrou, escorreu sobre a mesa, E a dor apertou meu coração, Correu meus ossos, Alcançou minha boca, transformou-se em grito. Lavei-o. Fiz compressas. O sangue estancou. O dedo, latejando, lembrava-me o tempo todo do corte. A cicatriz formou-se, dias depois, lembrando-me que, às vezes, comer um pão pode trazer dor. Mas o pão de hoje, O desejo de tê-lo, A fome de comê-lo, é muito mais forte, que o corte e a cicatriz. É muito mais intenso que a dor e o grito. Mais intenso que o grito de dor, é (deve ser) o grito de prazer.

Movimento Articulado de Combate à Corrupção se insurge contra o aumento salarial autoconcedido pelos vereadores natalenses

Abaixo a nota pública do MARCCO, contra a iniciativa de aumento salarial dos vereadores de Natal. O MARCCO – MOVIMENTO ARTICULADO DE COMBATE À CORRUPÇÃO, formado pela ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS DO RN, CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO/REGIONAL - RN, DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL EM NATAL, GERÊNCIA REGIONAL DO PATRIMÔNIO DA UNIÃO NO RN, MINISTÉRIO PÚBLICO DO RN, MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL – PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO RN, MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO, MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO – PROCURADORIA DO TRABALHO DA 21ª. REGIÃO, ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL/SECCIONAL RN, PROCURADORIA DA FAZENDA NACIONAL/RN, PROCURADORIA DA UNIÃO NO RN, PROCURADORIA FEDERAL NO RN, SUPERINTENDÊNCIA DA POLÍCIA FEDERAL NO RN, SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO TRABALHO E EMPREGO NO RN, TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO – SECEX/RN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, considerando: I – o compromisso de defender, inclusive de forma preventiva, o interesse público, na perspectiva de qu

Roberta Sá e o Prêmio de Melhor Novo Artista do Grammy Latino

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Meus queridos, eu não sei vocês, mas eu adoro o trabalho competente e delicado da Roberta Sá. A menina apareceu num desses programas que querem "descobrir" novos ídolos que possam ser consumidos rapidamente pelo mercado da música fácil. Não foi vencedora, mas já o é, pelo simples fato de que tem talento e uma extrema sensibilidade musical. Sua carreira já é uma evidência nacional reconhecida por muitos críticos e artistas consagrados no cenário da música brasileira. Para começar, a menina foi "apadrinhada" em seu primeiro trabalho por nada mais, nada menos, que Ney Matogrosso. Bela estreia. E o novo trabalho está maravilhoso. Isso tudo é para dizer a vocês que ela está concorrendo ao Grammy Latino na categoria "Mejor Nuevo Artista". Se, como eu, alguém você gosta do trabalho da Roberta, acesse o endereço http://lamusica. com/latingrammy/ general.php , escolha a opção "Mejor Nuevo Artista" em Categorias, logo no início da página, depois clique ao

Enquanto o cancão pia...uma entrevista com a lucidez de Belluzzo

A crise está aí como maré cheia...as ondas vem e vão e vão se aproximando do nosso batente...Alguns liberais empedernidos vão em público falar em contenção do gasto público. Se é verdade que não é hora de ninguém gastar o que tem (muito menos o que não tem) sem um planejamento equilibrado de prioridades, também não se pode negar o caminho do Estado como indutor e garantidor de processos econômicos capazes de impedir um agravamento interno da crise. Abaixo uma entrevista concedida por Luis Gonzaga Belluzzo, ao mesmo tempo demarcando um posicionamento contrário ao dos nossos liberais, mas como muita lucidez, encontrado na Agência Carta Capital. “CORTAR GASTO PÚBLICO? FOI ESSA RECEITA QUE EMPURROU A ALEMANHA PARA O NAZISMO EM 1933” Retoma inestimável atualidade nos dias que correm – ou talvez fosse mais honesto dizer, nas horas que urgem - a frase bordão proferida pelo presidente Franklin Delano Roosevelt no famoso discurso de posse, em março de 1933. Em meio à Grande Depressão, que destr

E o aumento de salário deles?!

Além de se acharem no direito de recriminarem a ação livre dos movimentos sociais no sentido de que a Mesa Diretora (e a Comissão de Ética) da Câmara sejam compostas por vereadores "ficha limpa", os nobres edis ainda querem conceder reajustes (muito) acima da inflação para o próximo período. O projeto de lei, de autoria da atual Mesa Diretora da Câmara Municipal de Natal, reajusta em mais de 105,1% os salários do prefeito, vice-prefeito, vereadores e secretários municipais. No momento em que escrevo este comentário, o projeto deve estar sendo votado. A aprovação em primeira discussão ocorreu na semana seguinte às eleições, sem que o projeto entrasse na ordem do dia e sem que todos os vereadores tivessem ciência de que a matéria havia sido deliberada. Os valores são uma imoralidade: alguns salários serão superior ao que recebe atualmente o Presidente da República! Reproduzo aqui trechos da matéria da Tribuna do Norte que nos dão uma idéia de quão "profundo" e plenos

Vereadores impactados com a "intromissão" da sociedade na eleição da Mesa

Segunda feira à tarde, na sede da OAB/RN, as entidades que integram o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) decidiram encaminhamentos no sentido de organizarema uma mobilização social para que os vereadores envolvidos na Operação Impacto, ou que tenha processos na Justiça, não sejam eleitos nem para a Mesa Diretora nem para a Comissão de Ética da CMN. Além disso, a mobilização será feita também no sentido de os prefeitos eleitos, inclusive em Natal, não nomeiem secretários com "ficha suja". Aqui em Natal, alguns desses políticos, impactados com a notícia, vieram a público esbravejar contra a proposta, atirando para todos os lados: na proposta em si, argumentam que a OAB estaria querendo se meter em uma seara que é privativa dos vereadores. De outro lado, tentam dar uma conotação pessoal ao envolvimento do vice-presidente da OAB nesse movimento. Em relação a isso, o tipo de crítica revela a natureza de quem o faz, pois alguns desses vereadores se utilizaram da cond

Sobre a Educação segundo a Veja e Nova Escola

Olá amigos, Reproduzo aqui (com um certo atraso, reconheço) um artigo de opinião do prof. Carlos Rodrigues Brandão, da UFG, sobre a materia da VEJA sobre educação, de 20 de agosto. Para além da polêmica que motivou o artigo, penso que é importante a reflexão em si. O autor me autorizou a publicação, pelo que agradeço a ele publicamente. Como muitas pessoas que estarão lendo isto talvez não sejam, como nós também não somos, leitores costumeiros da revista VEJA, possivelmente não terão tomado conta de imediato de uma recente reportagem publicada entre as páginas 72 e 87 do número 33 da edição 2074 correspondente a 20 de agosto de 2008. A reportagem tem este nome: “você sabe o que estão ensinando a ele?” Escrita a partir de uma pesquisa com a pressa e as lacunas que de modo geral acompanham tais procedimentos em nossa mídia, a reportagem trás, no entanto, alguns dados oportunos e algumas idéias e críticas bastante sugestivas. Seu propósito é claro demais para ser rediscutido entre estas p

Educação e Sensibilidade

Dando continuidade a uma reflexão iniciada sobre Formação de Educadores. Um dos desafios que o processo pedagógico impõe a educadores e educandos está em instituir um regime dialógico pelo qual as diferenças entre os agentes não se cristalize como “permanência”, mas como “transitoriedade”. Não pode existir transitoriedade das diferenças se se mantém em outros planos a relação entre “mestre” e “discípulo”. A relação instituída sobre essa dualidade, constrange a mutualidade que deveria presidir a relação de construção do conhecimento. E é a negação desse constrangimento o que possibilita que a idéia de dialogicidade se afirme plenamente. Para isso, é preciso o cuidado em se aprender a ver para além do óbvio, principalmente quando parece ser óbvio que o Formador sempre está alguns degraus acima do Formando, quando na verdade eles estão em lugares diferentes . O olhar para além do óbvio é uma qualidade muito bem abordada pela dramaturgia grega, em “Édipo Rei”, e por William Shakeaspeare, n