"Aos meus netos"...mas também para os futuros avôs...por Jacques Gruman
Faz tempo, amigos guardam uns paninhos no armário. São babadores. Vez por outra, dão uma olhada, sonham o tempo de usá-los, suspiram, fecham a porta. Pertencem ao Movimento (ou será Clube?) dos Sem-Netos, ampla coalizão de ansiedade variável, mas esperança imperturbável. Ou quase. Dei adeus ao Movimento há quase quatro anos, nas asas do Miguel. Agora, meu time foi reforçado pela ala feminina. Laura chegou, a máquina de lavar não dá conta da limpeza dos babadores. Perseverai, aflitos por buás e Hipoglós, seu dia chegará ! Bebês e crianças convocam, intimam, exigem. Laboratório sofisticado, usam formas de comunicação que nem sempre compreendemos. Não há dicionários para o “criancês”. O diálogo passa por linguagens inventadas, intuídas, pacientes. Adultos, somos com frequência estragados por arrogâncias que assustam e inibem aqueles que apenas querem o direito de crescer em liberdade. Será que temos jeito? Miguel e Laura, para onde vai o mundo que lhes tocará viver? Se pudesse resum