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Mostrando postagens de janeiro 18, 2011

O preço de não escutar a natureza, por Leonardo Boff

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Ainda sobre os recentes acontecimentos trágicos, especialmente na região serrana do Rio de Janeiro, reproduzo aqui artigo escrito pelo teólogo e filósofo Leonardo Boff. "O cataclisma ambiental, social e humano que se abateu sobre as três cidades serranas do Estado do Rio de Janeiro, Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, na segunda semana de janeiro, com centenas de mortos, destruição de regiões inteiras e um incomensurável sofrimento dos que perderam familiares, casas e todos os haveres tem como causa mais imediata as chuvas torrenciais, próprias do verão, a configuração geofísica das montanhas, com pouca capa de solo sobre o qual cresce exuberante floresta subtropical, assentada sobre imensas rochas lisas que por causa da infiltração das águas e o peso da vegetação provocam frequentemente deslizamentos fatais. Culpam-se pessoas que ocuparam áreas de risco, incriminam-se políticos corruptos que destribuíram terrenos perigosos a pobres, critica-se o poder público que se mostr

Sobre o papel da mídia televisiva na prevenção de tragédias como as do Rio

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As recentes chuvas que transformaram municípios de São Paulo e Rio de Janeiro em um caos, demonstram a  incapacidade de governos e sociedade como um todo em se relacionar equilibradamente com a natureza. Afinal, sempre houve e sempre haverá enxurradas como essas porque é uma forma da natureza se reorganizar ciclicamente. Assim, são, também, os terremotos...ajustes que a própria natureza faz em si mesma, para que ela se mantenha equilibrada. E para isso ela não pede licença aos seres humanos que, mais ou menos agressivamente, resolveram construir casas, edifícios e descuidar do próprio lixo por eles criados. A única alternativa para se conviver com esses fenômenos é, de um lado, adotarmos novos hábitos como a redução da produção do lixo; o exercício do reaproveitamento máximo de todo e qualquer resíduo sólido; a racionalização do consumo de energias; entre tantas orientações que são repetidas, mas pouco exercitadas. De outro lado, é importante um sistema de prevenção à desequilíbrios