Após 17 de abril não seremos os mesmos
Contagem regressiva...as vezes em que me lembro sentir o que sinto agora são raros: no dia da votação das Diretas Já (ainda era um moleque em Caicó) e no dia da divulgação do resultado do 1o. turno das eleições presidenciais de 1989 (já adolescente enfurnado até o talo no movimento estudantil da UFRN)...momentos em que minhas esperanças se misturavam com a ansiedade e as dúvidas do que viria depois. Hoje acordei com vontade de escrever muita coisa. Escrever uma carta ao meu neto como quem escreve ao futuro...Só consigo o que vem a seguir. A partir de segunda feira não seremos mais os mesmos. Se a nossa luta contra o golpe vence, o governo Dilma terá que assumir outros rumos, não apenas em consideração a todxs aqueles que foram às ruas defendê-la, mas porque seu segundo mandato revela o esgotamento de um projeto cujas fragilidades atuais (pelo menos para mim e minha limitada compreensão) são decorrentes de: a) uma política econômica que ampliou o mercado interno e a capacidade de co