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Mostrando postagens de 2018

O reparo, o grotesco e mais luzes sobre o Conselho Estadual de Educação

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A profa. Cláudia Santa Rosa, através de comentário enviado após a publicação de nossa postagem anterior ( https://quixotesforrosebaioes.blogspot.com/2018/12/hora-de-jogar-luzes-no-conselho.html ) questionando os critérios  de escolha dos membros do Conselho Estadual de Educação (CEE), esclarece que sua indicação foi feita em substituição à dispensa de outra pessoa e que, dessa forma, não teria havido a quebra do Regimento do CEE. Agradecemos o comentário da professora e com a mesma firmeza com que escrevemos o equívoco, publicamos o seu comentário e fomos até o Diário Oficial onde, de fato, há a dispensa de uma conselheira, na mesma data de sua nomeação. E, aqui, meu pedido público de desculpas em divulgar a notícia de forma incompleta. Mas penso que a secretária deveria ter tido o mesmo cuidado ao publicar, na página da SEEC, um arquivo ( http://www.adcon.rn.gov.br/ACERVO/seec/DOC/DOC000000000190090.PDF ), no qual o Conselho encontra-se com 13 membros (em razão de seu nome constar n

Hora de jogar luzes no Conselho Estadual de Educação

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No último dia 20 de dezembro o Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Norte publicou ato do governador Robinson Faria designando a sua secretária de educação, profa. Cláudia Santa Rosa para ocupar cargo de conselheira titular do Conselho Estadual de Educação (CEE). Nada estranho que o governador queira premiar a sua auxiliar com um posto no mais importante órgão colegiado da educação do Estado. Nada estranho, também, que tendo enviado para apreciação desse mesmo conselho, há poucos dias do fim do seu mandato, um conjunto de proposições de mudanças pedagógicas em escolas da rede estadual, a profa. Cláudia Santa Rosa queira participar de sua discussão e garantir que suas ideias e projetos tornem-se materialidade, não apenas como expectadora, mas intervindo diretamente no processo na condição de titular do CEE. Essa é uma questão que pode ser discutida sob ângulos diversos. Um, de natureza formal ou legal, diz respeito ao fato de que a designação da referida profa. (em vias de se

Sobre o analfabetismo funcional: links do Programa Grandes Temas, da TVU

Em 16 de julho próximo passado, fui convidado para participar do Programa Grandes Temas, na TVU, para debater "Analfabetismo Funcional", acompanhado pelas profas. Justina Iva, da Secretaria Municipal de Educação de Natal e Cláudia Santa Rosa, da Secretaria de Estado de Educação e Cultura do RN, além de Cássio Leandro, Diretor da Escola Roboeduc. Os links de acesso à íntegra do Programa (dividido em três blocos) são estes: Bloco 1: https://www.youtube.com/watch?v=j4vz2bmyfKU Bloco 2:  https://www.youtube.com/watch?v=qRvPclsxZjM Bloco 3:  https://www.youtube.com/watch?v=Ng-vI3VoljU

Incidente em um Grupo de Facebook ou Antares é aqui.

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Para quem não sabe, Érico Veríssimo tem um romance, "Incidente em Antares" que considero uma obra-prima. Ele foi escrito e lançado em plena ditadura militar , em 1971. Não obstante, é uma obra marcada por um forte tom político, que se mistura com elementos de Realismo Fantástico. A história se desenrola em uma cidade do Rio Grande do Sul que de tão pequena nem aparece nos mapas, mas que, em sua pequenez, é atravessada por conflitos oligárquicos "grandiosos", entre duas famílias tradicionais, os Campolargo e os Vacarianono, ao mesmo tempo em que se vêem postas diante de uma inédita situação: uma greve geral (é...em sua pequenez, Antares também tinha classe operária), que envolve, inclusive, a categoria dos coveiros. É na segunda parte do livro que o tal "incidente" ocorre. A greve geral, e dos coveiros em especial, põe a cidade em pavorosa, dado que naquele dia 7 pessoas morrem e ficam à espera dos seus respectivos sepultamentos. Diante do impasse, os mor

De minha mãe e outras mães

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Quando Agenor viu esta princesa e este sorriso, deve, com razão, ter ficado abestalhado. Rendeu-se e rastejou (como todo homem apaixonado faz) por ela. E quis ter filhos com ela. Quando eu nasci, ele comemorou num bar. Diz uma lenda familiar que retirou meu nome de uma garrafa de vodca onde aparecia num canto o nome de um tal de Aleksandrovich. Como o cheiro de ditadura já estava no ar (estamos falando de 1967), o jovem pai, mesmo um tanto bêbado, viu que não seria prudente pôr nome russo no filho, então resolveu abreviar aquele nome para Alessandro (mais italiano). E assim foi. Junto com o nome deve ter vindo uma alma bolchevique, porque 15 anos depois aquele seu filho já andava metido com comunistas, para desespero de Seu Agenor, para quem Castelo Branco - o primeiro general presidente após 1964 - teria sido o maior presidente que o país tinha tido. Pois é...não se tem controle sobre as voltas que o mundo dá, que caminhos os filhos trilham, menos ainda em por quantos bares uma garr

De Lula e Jardins

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Primeiro, perderam a eleição para Presidente. Mas tinham a maioria do Congresso e do Judiciário. Todos oriundos dos mesmos berços. Frequentaram as mesmas escolas. Beberam nos mesmos bares e jantaram nos mesmos restaurantes. Por vezes, fizeram viagens juntos ao exterior, com direito a selfies e esbórnia. Aí escolheram para presidente da Câmara e do Senado amigos que poderiam sabotar o governo da presidenta recém-eleita. Havia muita mágoa de tudo o que havia acontecido antes: os filhos de suas empregadas começaram a entrar nas universidades. Desapareceram os esmolés se humilhando defronte aos portões de suas mansões pedindo comida ou um trabalho de limpeza qualquer. Cruzaram, inadvertidamente, com os porteiros de seus condomínios de luxo viajando em aviões em poltronas bem próximas das deles. E viram como inaceitável que parte dos recursos públicos pudessem estar a serviço disso. Essa diretriz política era inaceitável. No comando do Congresso, boicotaram as ações do governo, posterga

Qual a política da SEEC/RN para a educação dos jovens e adultos?

Nos findares de 2017 (ou seja, dias atrás), duas informações me chegaram, ambas por acaso, de fontes distintas, mas interligadas pelo que têm de sintomático dos tempos desleais em que as políticas de educação para pessoas jovens e adultas se encontram. A primeira, de que a atual secretária da rede pública estadual de educação básica, teria anunciado em uma reunião com seus auxiliares dirigentes das DIRED, que estariam sendo realizadas mudanças estruturais na Secretaria de Estado da Educação e da Cultura – SEEC/RN, nas quais algumas subcoordenadorias teriam suas funções, projetos e objetivos incorporados pelas Subcoordenadorias de Ensino Fundamental e Médio. A SUEJA – Subcoordenadoria de Educação de Jovens e Adultos –, por exemplo, ficaria restrita à coordenação das ações de alfabetização de jovens e adultos. A segunda informação, tornada pública pelo IBGE dia 21 de dezembro, trouxe os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2016, segundo