Os Encontros Teatrais de Augusto Boal, Última Parte
Encerro, aqui, a minha singela homenagem a Augusto Boal, publicando um segundo pedaço de um texto dele, introdutório à obra "O Arco-íris do desejo". Abraços a todos e todas...e a ele onde estiver. “No Peru, onde estive trabalhando no ano de 1973, num programa de alfabetização através do teatro, comecei a usar uma nova forma de teatro, à qual chamei de “Dramaturgia simultânea”. Consistia basicamente nisto: apresentávamos uma peça contendo um problema ao qual queríamos encontrar uma solução. O espetáculo se desenvolvia até o ponto da crise, até o momento em que o Protagonista devia tomar uma decisão. Aí parávamos e perguntávamos aos espectadores o que deveria ele fazer. Cada um dava a sua sugestão. E os atores, no palco, improvisavam uma por uma, até que todas as sugestões se esgotassem. Já era um avanço, já não dávamos mais conselhos: aprendíamos juntos. Mas os atores conservavam “o poder”, o domínio do palco. As sugestões partiam da platéia, mas era em cena que nós os artista