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Mostrando postagens de dezembro, 2009

O nascimento de Peri

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O jogo estava começando e aí recebo a ligação cujo número, antecedido pelo código (31), me indicava ser de meu filho, vivendo desde o início do ano em Belo Horizonte: "Pai! Mariana começou o trabalho de parto, viu? Abraços..." Naquele momento, eu estava ligado em Belo Horizonte não somente por causa da iminente chegada de meu primeiro neto, mas também porque era lá que o meu Mengão começava a dizer a todos que estava, sim, na disputa do título do Campeonato Brasileiro deste ano, jogando contra o Atlético, velho rival de outras disputas. Não entrarei nos detalhes do jogo em que saímos vitoriosos em 3 a 1, placar que demonstrou o quanto o meu Flamengo foi superior jogando na casa de um adversário que, naquele momento, estava na disputa do título. Após o fim da peleja, liguei imediatamente para meu filho para saber do parto de Peri (sim, é esse o nome do comedorzinho de rapadura!). O trabalho de parto ainda não havia se findado. Perguntei se Mariana (cuja família é quase toda at

A Vitória de Besouro

Estou em Belo Horizonte passando os festejos de fim de ano lambendo meu neto com um mês e pouco de nascido. Resolvi atualizar o blog escrevendo sobre o filme "Besouro" já que foi minha última postagem, escrita antes mesmo de ver o filme. Então: parece que o filme apenas confirmou minhas suspeitas e devo dizer que confirmou sua vitória sobre a morte. Isto já estava dado quando os mestres capoeiras o trouxeram para seus cânticos. Mas agora o cinema o tornou conhecido para além das fronteiras das rodas dos capoeiras. O filme, exibido durante todo o mês de novembro fez jus ao seu nome. Como eu imaginava, muitos reclamariam dos efeitos roliudianos, mas eu aprovei. Foram usados apenas naquilo que era necessário e tão-somente fornecendo ao mito aquilo que todo mito precisa ter para ser isso, ou seja, a extrapolação da realidade.

Lula e César Benjamim: filhos da verdade e do Brasil

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A chamada grande imprensa brasileira tem em sua história a marca de arquiteta e mestre de obras "mitológicas". São informações que se transformam em "verdades inquestionáveis" e cristalizam personagens e acontecimentos, os quais, no cotidiano das memórias e explicações do mundo que o imaginário popular e da classe média (os chamados "formadores de opinião") põem em movimento, sedimentam não apenas opiniões momentâneas, mas estruturas de representação do mundo. Talvez, pelo reconhecimento do próprio poder, tenham feito tanto alarde diante do pré-lançamento do filme "Lula, o Filho do Brasil"... Em face disso, republico aqui um artigo do jornalista Washington Araújo, sobre uma tentativa de atacar o caráter do presidente Lula a partir de um depoimento cujos detalhes, quando analisados, descortinam muito do que tem assustado as elites brasileiras e deteminados setores de nossa esquerdoida. O filme, aliás, estará em cartaz a partir de janeiro do próxim