Morte anunciada
Ontem, assistindo pedaços da sessão da Câmara Federal que votava o novo Código Florestal soube do bárbaro assassinato de um casal de trabalhadores (José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo) assentados no Projeto Agroextrativista Praialta-Piranheira, em Nova Ipixuna, Pará. Os principais suspeitos são seus principais inimigos: aqueles empresários rurais, madeireiros, que em nome do próprio lucro (e de um duvidoso "desenvolvimento econômico") andam arrasando o que resta de floresta nativa na Amazônia. A tristeza é maior porque Maria do Espírito Santo, além de trabalhadora extrativista, era, também, estudante do Curso de Pedagogia do Campo, curso este que temos aqui no Rio Grande do Norte (o Pedagogia da Terra). Não morreu apenas uma estudante, mas uma estudante lutadora, politica e cotidianamente comprometida com os saberes e projetos do seu povo e com uma outra civilização, onde os humanos e a natureza se completam e se harmonizam. Reproduzo abaixo nota publica