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Mostrando postagens de 2010

Abbalando as estruturas...imperdível...belo presente de fim de ano.

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A referência ao Madrigal da UFRN sempre se faz associando-o a um grupo de vocal impecável, cujas apresentações se estruturam em um forte viés formal e comportado. Pois bem, meus amigos, o grupo está com o espetáculo "Abbalando as estruturas" aí para quem quiser ver. Eu já havia tentado ver o espetáculo em setembro, mas os ingressos tinham se esgotado, inclusive para o dia seguinte. Me contentei em esperar por ontem (hoje, dia 29, ainda terá mais uma apresentação - a última do ano - a partir das 18h30min). Fui ver o grupo e todos que lotaram o auditório da Escola de Música viram um grupo impecável do ponto de vista vocal e totalmente distinto do que estamos acostumados a ver em cena sobre os palcos. Em primeiro lugar o repertório: todo centrado no grupo ABBA, banda pop sueca dos anos 1970 (não é do "meu tempo"...rsrsrsrs)...depois uma apresentação marcada por uma performance de palco dançante, como o repertório exige, protagonizado por um bando de cantores

Um poema para fechar 2010 e abrir 2011...abrir caminhos

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Não satisfeito com o que publiquei ontem, resolvi presentear meus amigos com uma poesia da Cecília Meireles, que adoro. Feliz 2011!!! CANÇÃO DO CAMINHO Por aqui vou sem programa, sem rumo, sem nenhum itinerário. O destino de quem ama é vário, como o trajeto do fumo. Minha canção vai comigo. Vai doce. Tão sereno é seu compasso que penso em ti, meu amigo. — Se fosse, em vez da canção, teu braço! Ah! mas logo ali adiante — tão perto! — acaba-se a terra bela. Para este pequeno instante, decerto, é melhor ir só com ela. (Isto são coisas que digo, que invento, para achar a vida boa... A canção que vai comigo é a forma de esquecimento do sonho sonhado à toa...)

Um poemeu esperanço para o ano novo

Vasculhando coisas para servir como última postagem do ano, encontrei um poemeu escrito durante um período extremamente difícil. Aparentemente parece carregar amargura e dor (e carrega, como carregamos todos, todos os dias), mas também aponta o desejo e a esperança que nasce e renasce cada vez que percebemos que podemos estar de pé, sempre. E a vida é sempre assim, dor e alegria, quedas e levantares. Que em 2011 todos os meus amigos e amigas possam, sempre, estar de pé para superar todos os problemas que eventualmente apareçam. E que eu possa estar perto deles e delas para ajudar. Beijos a todos e todas. Trago quedas no corpo, cicatrizes na alma que geme, nos olhos ávidos, nos gestos (pensados ou irrefletidos), nas linhas que escrevo, nos medos que ignoro e nos que me apavoram. Trago quedas pelo corpo, cicatrizantes, lubrificantes, estimulantes, desafiadoras, impensáveis, inquestionáveis, irremovíveis. Delas retiro a suavidade do passo, a firmeza do laço, a aposta,

razões para um sumiço

Meus amigos, meus inimigos: os poucos que devem ler as minhas pobres baboseiras devem ter percebido que estive sumido deste espaço. Duas razões básicas estão por trás (e à frente, também) desse desaparecimento: em primeiro lugar, meu blog sumiu da rede! Por alguns dias, nem eu, nem ninguém conseguia acessá-lo. Amigos me chamaram a atenção do fato e fui conferir. Segundo me informaram, tratou-se de um bug, uma falha na Matrix (como podemos supor...rs). Outros me disseram que provavelmente (e eu acreditei tão piamente quanto acreditei na outra hipótese) teria sido um equívoco dos hackers que atacaram os sítios do Visa e do Mastercard, em represália à perseguição ao fundador do Wikileaks. Entrei no "rapa" deles...pobre de mim...rs...deu até matéria na TVU...tive meus 15 minutos (ou menos) de fama televisiva. A segunda razão foi a tendinite que consumiu meu punho direito. Por orientação médica, fiquei sem poder digitar nada. E aí, tanta coisa aconteceu sem que eu pudesse colocar

Tropa de Elite 2, a conversa, agora, é outra...Tropa de Elite 3, a vida imita a arte.

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Após pouco mais de dois meses de exibição, o filme Tropa de Elite 2 já é um campeão do cinema. Chegou à marca de 9,6 milhões de espectadores, ultrapassando o público de ninguém menos que "Avatar" (9,1 milhões) e "A Era do Gelo 3" (9,2 milhões). Já é o filme com maior público do ano e o maior fenômeno de bilheteria no Brasil nos últimos 12 anos (só perde para "Titanic", com 16 milhões de espectadores em 1998). Com isso, o filme impulsionou os números da plateia de filmes brasileiros em 2010 para 22,3 milhões de espectadores, superando o recorde de 2003, ano do lançamento de "Carandiru", quando a plateia de filmes brasileiros atingiu 22 milhões, quando foi lançado. Fui ver Tropa 2 e saí com a impressão de que, realmente, estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros dos últimos anos, em vários aspectos. Entre eles, poderia indicar: a) o retrato, rápido e didático, da mudança da face do crime no Rio de Janeiro, no qual os grupos ligado

Mais uma da fornada das "moças da vila"

A MOÇA-DE-RODA-DE-SAMBA Meu deleite de noites raras. Paro ali no meio do povo e a contemplo. Seu vestido se espalha no meio de todos. E seu perfume invade narinas e poros, como sua alegria invade minh'alma E o som dos tambores se apropriam do corpo. Prisioneiro de mim mesmo e de meu encantamento, meus olhos dançam e rodam com ela. E bêbado de tanto transe, Sigo caminhos bêbados...até a próxima noite rara. Bom final de semana para todos e todas, com ou sem samba, com ou sem moças, com ou sem poesias.

Fascismos nossos de cada dia...comentários sobre a "Patricinha Fascista"

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Gostaria, aqui, de fazer meus comentários sobre o artigo do Juremir Machado, publicado em postagem anterior, sobre a recente "onda" de ódio, desencadeada, via twiter, por uma paulista (estudante de Direito!). A reação de vários setores sociais foi rápida e direta. E o autor do artigo resume bem no título do que se trata: "Patricinha Fascista". O texto já fala muito, mas o adjetivo "fascista" pode soar para alguns como um exagero pois fascismo (ou nazismo) seriam coisas da Europa pré-II Guerra Mundial, portanto, de um passado vencido pela própria guerra e pelas forças aliadas favoráveis à democracia...A essa ação da tal patricinha, podemos somar o ataque a (supostos) gays nas ruas de São Paulo; o ataque de garotos de classe média a uma prostituta (ano passado), e o às vezes esquecido ataque de morte ao índio Galdino, numa parada de ônibus em Brasília. Todos os casos, demonstração de barbarismo que não é pura violência porque traz o ingrediente do preconceit

Patricinha fascista, por Juremir Machado

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Reproduzo aqui um artigo publicado no gaúcho Correio do Povo. Uma patada certeira contra o fascismo contra os nordestinos, revelado recentemente pelo twitter. "A estupidez está sempre ao alcance de todos. Mayara Petruso, patricinha paulista, estudante de Direito, saiu do anonimato para fama, via Twitter, graças a um coice na inteligência nacional. Indignada com a vitória de Dilma Rousseff, a moça disparou este petardo: "Nordestino não é gente, faça um favor a São Paulo, mate um nordestino afogado. Tinham que separar o Nordeste e os bolsas-vadio do Brasil (...) Construindo câmaras de gás no Nordeste, matando geral". No Facebook, a burrinha racista se atolou um pouco mais: "Afunda, Brasil. Deem direito de voto pros nordestinos e afundem o país de quem trabalha pra sustentar vagabundos que fazem filhos pra ganhar bolsa 171". Mayara já perdeu o emprego no escritório onde trabalhava e sofrerá ação judicial protocolada pela OAB. Alguns jovens universitários pauli

Moça-Que-Namora, continuando o diálogo poético...

Dando continuidade ao diálogo poético estabelecido com a querida amiga e grande poeta Rosa de França, depois da Moça-Atrevida, publico agora a Moça-Que-Namora...outras moças virão... Boa semana a todos e todas. A MOÇA-QUE-NAMORA Dia desses a vi na janela, olhando passantes. Sublimando olhares pecaminosos, Fazendo rimas olhos-nos-olhos com aqueles da sua escolha. Apressei-me em fazer rimas. Mãos trêmulas, dúvidas em vermelho, olhos ansiosos, entreguei-lhe minhas poucas letras. Sussurrei-as por baixo da porta da casa. Vi seus olhos certeiros escorregando papel adentro. Fechou a janela e fechou-se na casa. Toda semana fico ali por trás da mangueira, aguardando-a abrir a janela e rimar comigo.

Um novo diálogo poético

Tenho uma grande amiga poeta, Rosa de França, que já ganhou prêmios e publicou seus escritos. Em outra postagem (sobre a morte de Saramago e Dona Militana) ela enviou um texto que publiquei junto com um "diálogo" meu com o texto (para ler, acessar http://quixotesforrosebaioes.blogspot.com/2010/06/de-uma-vez-sosaramago-e-militana.html ). Pois bem. Eis que ela me enviou recentemente uma de suas poesias "E eu que não posso!", que publico agora, com um diálogo que resolvi estabelecer, provocado pela beleza do escrito. Não tenho a mesma competência dela, nem sei se terei fôlego (e inspiração) para sustenta-lo. Mas aí vai o poema dela e um primeiro diálogo que produzi. E EU, QUE NÃO POSSO! Quem, cheiro de rosas, tem, Se não as moças da vila? Moça-atrevida Moça-que-namora Moça-de-roda-de-samba Moça-cabelo-de-fita Moça-de-bordado-fino Moça-parteira-das-outras Moça-que-nunca-se-inspira Moça-de-estudo-tão-pouco Moça-que-espera-o-destino Seis, que desfilam às

No meio de tudo...um belo texto sobre Tango

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Fui conduzido a ler um belo texto de Mario Sabino, publicado na Folha de São Paulo em 19 de setembro...belíssimo...para quem, como eu, adora ouvir Piazolla (o tango jazzístico) e o Projecto Gotan (o tango contemporâneo, com pitadas eletrônicas), o texto é de uma precisão poética solene. Então, deliciem-se com o texto, cujo título é: "O que faz de um tango um tango". "O que faz de um tango um tango não são as letras lamuriosas. O que faz de um tango um tango não é o Gardel morto que canta cada vez melhor. O que faz de um tango um tango não são os passos ensaiados na tradição. O que faz de um tango um tango não é a orquestra com o ar cansado de quem tudo já viu. O que faz de um tango um tango não são as pernas altas da dançarina, calçadas em meias pretas. Não é seu cabelo preso ora com flor, ora com fita. O que faz de um tango um tango não é o chapéu antigo do dançarino. Não são os seus sapatos lustrosos. Não é o seu terno de risca-de-giz. Não é o seu lenço dobra

IFRN: depoimento de um professor e de um ex-futuro aluno.

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Recebi via email um depoimento atribuído ao professor Gilson Gomes de Medeiros, do IFRN. Eu não o conheço. E resolvi publica-la porque além de estar de acordo com seu conteúdo, me fez lembrar a "relação" que tenho com o IFRN desde a época em que era ETFRN. Quando tinha 13 anos, o desejo de sair de Caicó (onde nasci) para conhecer outras pessoas, viver outras experiências e construir um futuro melhor do que a cidade me oferecia se traduzia em ser aprovado na seleção da (então) ETFRN. Não era algo que meus pais gostassem muito, face a conseqüência de que eu sairia de perto deles tão jovem. Mas lá fui eu fazer a seleção. Não fui aprovado. E a "fuga" para outro lugar aconteceu quatro anos depois, quando passei no vestibular em Ciências Sociais, na UFRN, em Natal. Estou a relatar isso, porque alguns colegas meus da escola pública onde estudei sequer puderam fazer a seleção, porque não tinham como se deslocar até Natal, ou mesmo, não havia nenhuma possibilidade de terem

Que política cultural queremos?

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Nestas eleições está colocada uma disputa em torno da política cultural. Não é algo que seja discutido amplamente, objeto de perguntas e respostas em debates televisivos, mas quem está no ramo sabe que há, sim, um jogo pesado, pois por mais que os recursos para o financiamento público da cultura em nosso país seja menos do que deveria ou que os protagonistas do setor desejassem, também é verdade que dependendo de quem chegar na presidência da república esses poucos recursos podem ser bem ou mal geridos. E o que sustenta uma boa ou má gestão é a qualidade das propostas (e de sua execução) em termos de política cultural. Nesse sentido, é que posto aqui algumas matérias que circulam pela net e que ajuda aos duvidosos eleitores que se preocupam com a área cultural a pensarem numa opção. Não foi uma escolha neutra, pois em política não há neutralidade. Voto em Dilma e, portanto, ao postar o que estou postando estou apenas justificando (da maneira a mais qualificada possível) a escolha. E e

Os spams, as eleições e a dúvida metódica

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Desde que o processo eleitoral começou a chegar a seu momento decisivo a minha caixa de mensagens (e de milhões de brasileiros conectados na rede) foi tomada de mensagens do mais baixo nível, detonando as principais candidaturas postas à nossa escolha. Pelas minhas contas, a candidatura da Dilma foi a mais achincalhada (e dizem que sua ida ao segundo turno tem uma pitada do efeito dessas mensagens, chamadas de "spams"). Visitando o sítio do Sakamoto ( http://blogdosakamoto.uol.com.br/ ) li uma postagem dele que não apenas é útil para nos prevenirmos dessas mensagens, mas nos fornece orientações de como "lermos" o que circula na internet. Resolvi postar aqui para aqueles que não tiveram a oportunidade de lê-lo, acompanhado de um conselho a todos e todas: o exercício do princípio cartesiano de que nada pode ser considerado verdadeiro até que nosso exercício da dúvida metódica não lhe dê esse atributo. E a dúvida metódica implica em investigar, pesquisar com cuidado e

Uma crônica para Marina, de Maurício Abdalla

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Anda circulando na internet uma crônica do prof. Maurício Abdalla sobre o atual momento da Marina Silva. Como achei bem escrita e toca em aspectos centrais do significado da candidatura dela, dos votos recebidos e das opções postas neste segundo turno da eleição presidencial, penso oportuno publica-la. Abraços a todos e todas... MARINA...VOCÊ SE PINTOU? por Maurício Abdalla [1] Marina, morena Marina, você se pintou diz a canção de Caymmi. Mas é provável, Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o grito da Terra e o grito dos pobres , como diz Leonardo. Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias? Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela

Manifesto dos Reitores de Instituições Federais de Ensino

Os reitores das principais instituições federais de ensino público divulgaram um Manifesto sobre o futuro do país e a educação que se deseja, face ao momento eleitoral que estamos vivenciando. Divulgo-o porque concordo em linhas gerais com suas afirmações. Abraços a todos e todas EDUCAÇÃO – O BRASIL NO RUMO CERTO Da pré-escola ao pós-doutoramento – ciclo completo educacional e acadêmico de formação das pessoas na busca pelo crescimento pessoal e profissional – consideramos que o Brasil encontrou o rumo nos últimos anos, graças a políticas, aumento orçamentário, ações e programas implementados pelo Governo Lula com a participação decisiva e direta de seus ministros, os quais reconhecemos, destacando o nome do Ministro Fernando Haddad. Aliás, de forma mais ampla, assistimos a um crescimento muito significativo do País em vários domínios: ocorreu a redução marcante da miséria e da pobreza; promoveu-se a inclusão social de milhões de brasileiros, com a geração de empregos e renda;

Os dados do PNAD 2009 e o problema do analfabetismo funcional.

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Reproduzo abaixo, entrevista com a Professora Onaide Correa de Mendonça, em face dos números acerca do analfabetismo funcional trazidos pela PNAD 2009. É um tema fundamental - apesar de muitos intelectuais, pedagogos e políticos entenderem o contrário, que se trata de uma questão marginal na problemática educacional brasileira. A reflexão sobre o assunto, cada vez mais ampliada e transparente nos colocará mais elementos para darmos o devido tratamento sobre o assunto. Independentemente de se concordar integralmente com as posições defendidas pela entrevistada, o certo que trata-se de uma pauta que deve nos mobilizar à reflexão e, principalmente, à ação. Abraços a todos e todas. Por: Suzana Vier, Rede Brasil Atual Onaide Correa de Mendonça propõe novo método para alfabetização . São Paulo - O alto índice de analfabetismo funcional no Brasil detectado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2009), divulgada na quarta-feira (8), é resultado de problemas no iníc