Postagens

Mostrando postagens de abril, 2009

Japoneses tocando Ska e um tal de Reggae Progressivo

Imagem
Meus amigos, meus inimigos...Meu Cainã (um dos homens da minha vida, o meu filho mais velho mais lindo que eu tenho, rsrs) mais uma vez apresentou a este pai véi metido a besta agradáveis surpresas musicais, as quais gostaria de compartilhar com todos e todas que aqui me visitam. Não é a primeira vez que sou apresentado a alguma boa música por ele. A primeira boa lembrança que tenho disso foi quando ele sofreu um acidente com fogo que queimou metade de seu corpo. Ali numa cama de hospital, todo arrebentado, meu então pequeno Cainã, aparentemente indiferente ao perigo de morte que corria, indicava: "- Pai tem uma banda muito boa...O Rappa...compra o CD para a gente ouvir aqui?". E lá fui eu comprar (e me encantar com a banda do Falcão e do Marcelo Yuka) "Lado A Lado B"...um grande trabalho da banda. Dessa vez ele me apresentou duas "lapadas": a primeira, a Tokyo Ska Paradise Orchestra. A banda foi fundada em 1985, por um cara chamado Asa-Chang e também é co

O cara, o pop star hip-hop, de Luis Turiba

Imagem
De Brasília, onde me encontro em uma atividade de trabalho, posto um artigo lido num jornal local sobre essa relação entre Obama e Lula. Já havia postado algo antes, mas Obama inventou de dizer a todo o planeta que Lula é "o cara"..."the man"...arrepiando os DEMOS e a imprensa DEMOníaca local...rsrs... Fiquem, então, com o texto do Luís Turiba (a quem agradeço desde já). "Ainda bem que Lula não tem os dez dedos. Já pensaram: se com nove está barbarizando, fazendo cestas e mais cestas de três pontos, tirando coelho da cartola dos outros e ainda por cima quase senta no colo da rainha branca de olhos azuis para sair bem na foto. Com os dez então, nossa! O cara ficaria muito metido, impossível de aturar, chique nas últimas. Ao escrever isso, não quero sacanear ninguém. Ao contrário: estou é louvando o nosso presidente, massageando seu ego, pois seu comportamento nesses palcos internacionais ultrapassou a fronteira do político e caiu no campo pop. Um fenômeno da por

Acaso...um microconto telegráfico e trágico

Todo dia, tudo igual, tudo previsível: acordar, tomar seu café com o jornal matutino, ligar o carro e sair em disparada para trabalhar. O equipamento de som do carro acionado enchendo seu interior de música durante o percurso. Gostava de deixá-lo ligado no modo “aleatório”. Dizia gostar da sensação de ser surpreendido pelo acaso das escolhas da própria máquina. Tão sistemática e programável, mas com um modo de escolha “aleatório”...rsrs...Dia desses, no meio do trânsito, uma das escolhas aleatórias não foi do seu agrado. A tecla de “próxima música” ao seu alcance. Poderia mudar de música. Ou melhor, possibilitar à máquina aleatoriamente lhe oferecer outra música...O dedo indicador apontando...em sua direção. O rápido desvio do olhar. Um buraco. Catablum!!! As rodas de um carro de cabeça para baixo rodam alucinadas sem compreender o chão que lhes falta...Louis Armstrong soltando seu vozeirão ("What a wonderful world") a uma multidão atônita com um acidente de carro numa manhã

Briga na Procissão, de Chico Pedrosa

Imagem
Reproduzo aqui "Briga na Procissão", do paraibano Chico Pedrosa, poesia bem apropriada para esse período que os cristãos denominam de "Semana Santa". Aliás, a história retratada na poesia é o tipo de acontecimento possível de se dar em qualquer tempo em qualquer lugar. Inclusive meu querido caicoense Ronaldo Carlos tem um repertório de "causos" parecidos com o que é contado pelo poeta Chico Pedrosa, quando de sua passagem pelo glorioso TACEJA (Teatro Amador do Centro Educacional José Augusto). "Causos" estes que se passaram nas montagens da "Paixão de Cristo" pelos palcos do interior do Seridó e que dariam um ótimo livro ou filme cujo título, obviamente, seria "O Evangelho segundo o TACEJA" (rsrsrs). O convite, portanto, está feito ao ilustre colega. Terei o maior prazer de publica-las aqui....Por enquanto, fiquem com Chico Pedrosa animando o feriado de todos vocês. Beijos e abraços. No tempo em que as estradas eram poucas no

Memórias da bêbada e desequilibrada ditadura...

Imagem
Esta semana que se encerrou teve como marca a passagem dos 45 anos do golpe civil-militar de 1964. Sou de uma geração que quando começou a protagonizar a consciência de inserção no mundo a ditadura militar já estava em frangalhos. Os exilados já estavam voltando ao país. As greves do ABC paulista e as eleições de 1982 já tinham decretado a decrepitude do regime. Trocando em miúdos (e entregando a idade...rs): quando Tancredo Neves ganhou a eleição no Colégio Eleitoral, eu ainda estava com meus 16 anos...pronto! Os desmemoriados, se quiserem, abram seus livros de História do Ensino Médio e vejam em que ano foi isso... Mas o que eu quero assinalar é como determinados pequenos fatos, quando rememorados à luz de uma análise que só o tempo nos fornece, adquirem dimensões não percebidas no momento em que foram acontecidos. Então eu contarei um pequeno episódio que retrata uma das presenças da ditadura no universo de uma pequena cidade do interior, a partir dos olhos de uma criança de 9 ou 10