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Mostrando postagens de abril 7, 2011

Luto...segundo ato

Já se arrastavam duas semanas imerso, aparentemente imune às dores da vida...aparentemente...as dores físicas aplacadas pelos sedativos não diminuíam a dor de ver o mais querido irmão ser destroçado por um outro carro desgovernado. Assim, sedava, também, as possibilidades psicológicas de superar o gravíssimo estado em que se encontrava. Às 16h30min, horário aberto para visitas, todos os dias, lá estavam a mãe ou a namorada ou o irmão... buscavam, inutilmente, encontrar uma reação, uma resposta...mas terça passada, quem estava ali era seu filho...o moleque chegou, desconfiado...uma situação absolutamente inédita e inesperada para ambos. Tocou-o de leve no braço e disse: "Oi pai...sou eu, seu filho, estou aqui, viu?"...um arrepio percorreu (visivelmente) seus braços e pernas...todos os indicadores (de pressão arterial, saturação, pulsação cardíaca) subiram (estavam, antes, sempre apontando para baixo)...o corpo parecia estar em felicidade. Finalmente poderia ir em paz...E assi