Fragmentos da Festa de Santana de Caicó
Estive em Caicó de quinta, dia 28, a domingo, 31 de julho, junto com familiares e amigos, absorvendo e observando o clima da Festa de Santana de Caicó. Fica aqui minhas impressões (fragmentadas) do que vi.
I. O Auto de Santana, independentemente de ser um espetáculo cujo conteúdo e estética já mereceram algumas críticas minhas aqui neste espaço, é uma referência importante da qualidade do trabalho que os artistas locais desenvolvem. Ano passado, o espetáculo saiu como obra da coragem e determinação dos artistas seridoenses que pressionaram a Fundação José Augusto a que toda a produção fosse feita por eles e não (como é costumeiro) por produtores e alguns artistas de Natal (que são competentes, mas nem por isso, devem ter a primazia da produção dos "Autos" do Estado). Esse processo foi desgastante e os artistas, segundo tornou-se público foram chamados de "aborígenes" por pessoas da Fundação. O espetáculo do ano passado aconteceu e até agora os artistas não receberam o pagamento por ele. Este ano sequer teve espetáculo. Um vazio. Um silêncio na Ilha de Santana. Um silêncio para os que tem bons ouvidos, porque para os que aceitam que qualquer ruído entre tímpanos adentro, todos vimos o desfile das chamadas bandas de forró de plástico que preencheram o espaço da Ilha, todas as noites. Assim, resolvi saber de pessoas próximas quanto custou, por exemploo, o cachê de Sirano & Sirino (que se apresentaram na quinta à noite): 60 mil reais...enquanto isso, as bandas filarmônicas que vieram à cidade (eu soube por fonte confiável) tiveram seus respectivos deslocamentos pagos pelas prefeituras de suas cidades e não receberam cachê algum...enquanto isso, os artistas que seguram a barra da Casa de Cultura Popular de Caicó, no Sobrado, ofereceram noites gostosas com exposições, boa comida, bebida, recitais de poesia e muita música de qualidade...de graça!!! Fica a pergunta: quais os critérios e quem, de fato, ganha com o destino "cultural" dos recursos públicos municipais?
II. Uma boa reforma do Mercado Público municipal tornou o ambiente por lá mais arejado e mais organizado.
III. A Festa de Santana já é uma festa referência para o turismo de nosso Estado. No entanto, nos espaços de comida e bebida no circuito principal da festa, o amadorismo reina: atendimentos demorados e pouco simpáticos no trato com os clientes e uma mesmice no que diz respeito aos cardápios (tanto nas apresentações, no sabor, como no preparo) que se oferecem a quem circula por aquele espaço.
Isso, o que consigo ver, assim, sem pensar muito...Na torcida que a Festa de Santana que ocorre no lado profano honre o que, no lado religioso, já se tornou um Patrimônio Imaterial Nacional.
I. O Auto de Santana, independentemente de ser um espetáculo cujo conteúdo e estética já mereceram algumas críticas minhas aqui neste espaço, é uma referência importante da qualidade do trabalho que os artistas locais desenvolvem. Ano passado, o espetáculo saiu como obra da coragem e determinação dos artistas seridoenses que pressionaram a Fundação José Augusto a que toda a produção fosse feita por eles e não (como é costumeiro) por produtores e alguns artistas de Natal (que são competentes, mas nem por isso, devem ter a primazia da produção dos "Autos" do Estado). Esse processo foi desgastante e os artistas, segundo tornou-se público foram chamados de "aborígenes" por pessoas da Fundação. O espetáculo do ano passado aconteceu e até agora os artistas não receberam o pagamento por ele. Este ano sequer teve espetáculo. Um vazio. Um silêncio na Ilha de Santana. Um silêncio para os que tem bons ouvidos, porque para os que aceitam que qualquer ruído entre tímpanos adentro, todos vimos o desfile das chamadas bandas de forró de plástico que preencheram o espaço da Ilha, todas as noites. Assim, resolvi saber de pessoas próximas quanto custou, por exemploo, o cachê de Sirano & Sirino (que se apresentaram na quinta à noite): 60 mil reais...enquanto isso, as bandas filarmônicas que vieram à cidade (eu soube por fonte confiável) tiveram seus respectivos deslocamentos pagos pelas prefeituras de suas cidades e não receberam cachê algum...enquanto isso, os artistas que seguram a barra da Casa de Cultura Popular de Caicó, no Sobrado, ofereceram noites gostosas com exposições, boa comida, bebida, recitais de poesia e muita música de qualidade...de graça!!! Fica a pergunta: quais os critérios e quem, de fato, ganha com o destino "cultural" dos recursos públicos municipais?
II. Uma boa reforma do Mercado Público municipal tornou o ambiente por lá mais arejado e mais organizado.
III. A Festa de Santana já é uma festa referência para o turismo de nosso Estado. No entanto, nos espaços de comida e bebida no circuito principal da festa, o amadorismo reina: atendimentos demorados e pouco simpáticos no trato com os clientes e uma mesmice no que diz respeito aos cardápios (tanto nas apresentações, no sabor, como no preparo) que se oferecem a quem circula por aquele espaço.
Isso, o que consigo ver, assim, sem pensar muito...Na torcida que a Festa de Santana que ocorre no lado profano honre o que, no lado religioso, já se tornou um Patrimônio Imaterial Nacional.
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