Um novo diálogo poético
Tenho uma grande amiga poeta, Rosa de França, que já ganhou prêmios e publicou seus escritos. Em outra postagem (sobre a morte de Saramago e Dona Militana) ela enviou um texto que publiquei junto com um "diálogo" meu com o texto (para ler, acessar http://quixotesforrosebaioes.blogspot.com/2010/06/de-uma-vez-sosaramago-e-militana.html). Pois bem. Eis que ela me enviou recentemente uma de suas poesias "E eu que não posso!", que publico agora, com um diálogo que resolvi estabelecer, provocado pela beleza do escrito. Não tenho a mesma competência dela, nem sei se terei fôlego (e inspiração) para sustenta-lo. Mas aí vai o poema dela e um primeiro diálogo que produzi.
E EU, QUE NÃO POSSO!
Quem, cheiro de rosas, tem,
Se não as moças da vila?
Moça-atrevida
Moça-que-namora
Moça-de-roda-de-samba
Moça-cabelo-de-fita
Moça-de-bordado-fino
Moça-parteira-das-outras
Moça-que-nunca-se-inspira
Moça-de-estudo-tão-pouco
Moça-que-espera-o-destino
Seis, que desfilam às tantas horas;
em ponto, passeiam por dia.
Todas da casa de mãe!
Duas com tanta vontade...
Uma que nem me olha.
Nove guardadas no grito!
E eu, que não posso...
Só, sinto.
Perfume de fogo,
Queimando a danada
Da rosa!
Cheirosas...
Têm cheiro de espinho!
Agora, inicio meu diálogo.
A MOÇA-ATREVIDA
Visitou-me, ontem,
uma moça da vila.
nem pediu licença para entrar
celebrei seu atrevimento,
como os seridoenses celebram
as chuvas que chegam sem avisar:
banhando-se delas,
distribuindo sorrisos ingênuos à rua,
para serem molhados pela chuva súbita e bem-vinda,
anunciadora de novos invernos atrevidos,
como as moças da minha vila.
Nas próximas postagens, outras moças virão...
Abraços a todos e todas.
E EU, QUE NÃO POSSO!
Quem, cheiro de rosas, tem,
Se não as moças da vila?
Moça-atrevida
Moça-que-namora
Moça-de-roda-de-samba
Moça-cabelo-de-fita
Moça-de-bordado-fino
Moça-parteira-das-outras
Moça-que-nunca-se-inspira
Moça-de-estudo-tão-pouco
Moça-que-espera-o-destino
Seis, que desfilam às tantas horas;
em ponto, passeiam por dia.
Todas da casa de mãe!
Duas com tanta vontade...
Uma que nem me olha.
Nove guardadas no grito!
E eu, que não posso...
Só, sinto.
Perfume de fogo,
Queimando a danada
Da rosa!
Cheirosas...
Têm cheiro de espinho!
Agora, inicio meu diálogo.
A MOÇA-ATREVIDA
Visitou-me, ontem,
uma moça da vila.
nem pediu licença para entrar
celebrei seu atrevimento,
como os seridoenses celebram
as chuvas que chegam sem avisar:
banhando-se delas,
distribuindo sorrisos ingênuos à rua,
para serem molhados pela chuva súbita e bem-vinda,
anunciadora de novos invernos atrevidos,
como as moças da minha vila.
Nas próximas postagens, outras moças virão...
Abraços a todos e todas.
Comentários
E temos uma "moça-atrevida"
eleita presidente da república!
Isso merece uma poesia!!!
Quem dos dois se habilita?
Abraçoscomlaços,
Neura Maria Weber Maron
Não me levem a mal, coisas de mãe. Meninas demais para cuidar...