Nossa Senhora das Correntes
Em Penedo há uma Igreja que pertenceu a uma antiga e poderosa família portuguesa – Lemos – que foi influente na cidade por muito tempo. Uma família construir uma Igreja para si mesma era um costume muito comum no Brasil Colônia. Era uma forma da família estreitar laços com o poder da Igreja. Mas, ainda que fosse bastante influente e dominante na região, os principais membros da família eram contra a escravidão e mantinham um esquema de falsificação de cartas de alforria que viabilizou a liberdade para muitos escravos da região, especialmente os que atravessavam o Rio São Francisco, vindos das fazendas do lado de Sergipe em direção a Penedo, em Alagoas. A Igreja denomina-se Nossa Senhora das Correntes, apropriadamente, pois os escravos nadavam à noite e ao chegarem no outro lado da margem buscavam a Igreja dos Lemos, onde ficavam escondidos dentro de um compartimento diminuto – que cabia apertadamente em torno de 4 escravos – ao lado de um dos altares, durante os momentos em que se davam as missas. Após as cerimônias o prédio era fechado (às vezes sob o pretexto de que se realizariam cerimônicas “fechadas” aos membros da família) e os escravos eram soltos para circularem e descansarem no interior do templo, enquanto os Lemos providenciavam as cartas de alforria. Uma história e tanto...Lá descobri a imagem de um santo que, segundo me informaram, é o santo protetor dos professores...Olha o nome da divindade: São Manoel da Paciência (!!!)...Tudo a ver!...E a representação dele é de um homem todo flechado (como São Sebastião)...teriam sido seus alunos os autores das flechadas? (rsrsrs)...Isso já é história para outra postagem...
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Abraços!!