Uma pausa para, rapidamente, pensar no voto em 2014

O cenário está aí: os DEMOS nem sabem ainda se apoiarão a candidatura da governadora. O pai do ex-namorado da Sabrina Satto quer ser candidato de todo jeito, mas é insosso e não tem voto, estrutura ou um partido, fortes o suficiente para essa pretensão. Os nomes fortes do PMDB, Garibaldi e Henrique, admitem, não têm interesse pessoal em saírem candidatos na majoritária.

Por outro lado, uma possível candidatura de Wilma de Faria, pelo agora oposição PSB poderia ser um tiro no pé dela mesma, a não ser que viesse a ter o apoio (velado) do PMDB e do Prefeito Carlos Eduardo (já que o partido dele, o PDT, em princípio, apoiará a candidatura a presidente, do PT).

Nesse cenário, a perspectiva de uma candidatura do PT ao governo, com a vice-governadoria de um dos partidos aliados, seria, de fato, uma ótima alternativa. Fátima ou Mineiro para o governo.

Mineiro, com seu já conhecido desprendimento e compromisso partidários, havia se colocado à tarefa de ser candidato ao governo, abrindo mão, portanto, de uma possível reeleição para deputado estadual. Enquanto isso, Fátima Bezerra sonhando em ser senadora e vendo que dificilmente o PMDB engoliria dois petistas na chapa majoritária, não se coloca claramente em favor de uma candidatura própria do PT.

A direção nacional do PT (cuja maioria pertence à mesma tendência do Deputado Mineiro), poderia partir para uma negociação com o PMDB (e com a própria Fátima Bezerra), de modo que a chapa majoritária ficasse com o PT (Mineiro, governador) e um nome de outro partido aliado para o Senado. A candidatura de Fátima para Deputada Federal poderia ampliar a bancada petista no plano federal e, quem sabe, no plano estadual.

A direção nacional do PT não pensou assim. A maioria do PT estadual resolve que a prioridade é a candidatura de Fátima Bezerra ao Senado. Mineiro aceita e abre mão da candidatura ao governo. As negociações sobre as candidaturas majoritárias estão conduzidas em nível nacional, em função da reeleição de Dilma.

Sei não...um sentimento de que, agora, ficamos reféns das decisões do PMDB, e entregues a mais 4 (ou 8) anos sem maiores mudanças em nosso Estado. Sem horizontes de mudanças substanciais. Esse filme, governador oriundo da velha tradição política local, com governo nacional petista, já conhecemos. O que acontece no plano nacional não se transfere imediatamente para o plano local.

Cada movimento pessoal ou coletivo tem impactos estratégicos, sobre o futuro de cada um dos cidadãos e de todos. O futuro de nosso RN parece condenado a ficar refém dos interesses pessoais e coletivos de alguns poucos.

Comentários

Geraldo de Margela Fernandes disse…
Pois é, caro amigo Sandro. Aqui se vai para um lado. Lá encaminha para outro. Aqui dividido, como o PMDB quer. Lá negocia-se com o PMDB. Aqui não se acredita em viabilidade eleitoral. Lá também não. Mas, vale a pena debater. Como recentemente, construindo-se projetos no horizonte de uma bem urdida unidade partidária. Vamos torcer e ajudar.

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