A cozinha onde se faz comida e se alimenta esperanças.
Minha queridíssima Gabriela (uma artista na cozinha e na vida) postou em seu face o depoimento abaixo. Achei lindo e pedi autorização a ela para sua divulgação. As palavras são saborosas como as comidas que ela prepara e tem um sentido ético e humanista que se deságua em nossos olhos. Um primor. Beijos cravocanelianos em Gabriela.
"Assumo no momento uma cozinha industrial, portanto mais dura que as outras que trabalhei. A equipe é composta por 19 pessoas e daqui, saem 1.500 refeições diariamente, podendo até ser mais.
Entre o caos e a ordem, sempre presencio momentos de muita alegria, risadas frouxas e camaradagem.
Os cozinheiros são felizes. Mesmo sofrendo fisicamente e emocionalmente o tempo inteiro, são felizes.
Aqui trabalhamos concentrados, mas sempre existe espaço para algum gracejo.
Dos que compõem a minha equipe, a maioria vem de outras cidades, deixou a família e se exilou no trabalho. Diferentemente de mim, eles não começaram a cozinhar por paixão. Muitos foram parar na cozinha por falta de opção. A maioria trabalhava antes na construção civil. Valorizo muito os profissionais, que emprestam toda sua força, tornando possível a materialização das minhas ideias. Como são generosos esses cozinheiros.
Conseguem ser tão leves os que antes eram da construção civil. Eles aguentam trabalho duro e suportam críticas. Querem aprender e, principalmente, querem o emprego.
São felizes porque podem mandar dinheiro para o filho ou para a mãe no final do mês. São felizes pela possibilidade de conquista da casa própria ou do carro popular. São felizes pela profissão e gratos a tudo que ela proporciona.
São simplesmente felizes. Desconhecem a palavra ego e são íntimos da palavra trabalho."
"Assumo no momento uma cozinha industrial, portanto mais dura que as outras que trabalhei. A equipe é composta por 19 pessoas e daqui, saem 1.500 refeições diariamente, podendo até ser mais.
Entre o caos e a ordem, sempre presencio momentos de muita alegria, risadas frouxas e camaradagem.
Os cozinheiros são felizes. Mesmo sofrendo fisicamente e emocionalmente o tempo inteiro, são felizes.
Aqui trabalhamos concentrados, mas sempre existe espaço para algum gracejo.
Dos que compõem a minha equipe, a maioria vem de outras cidades, deixou a família e se exilou no trabalho. Diferentemente de mim, eles não começaram a cozinhar por paixão. Muitos foram parar na cozinha por falta de opção. A maioria trabalhava antes na construção civil. Valorizo muito os profissionais, que emprestam toda sua força, tornando possível a materialização das minhas ideias. Como são generosos esses cozinheiros.
Conseguem ser tão leves os que antes eram da construção civil. Eles aguentam trabalho duro e suportam críticas. Querem aprender e, principalmente, querem o emprego.
São felizes porque podem mandar dinheiro para o filho ou para a mãe no final do mês. São felizes pela possibilidade de conquista da casa própria ou do carro popular. São felizes pela profissão e gratos a tudo que ela proporciona.
São simplesmente felizes. Desconhecem a palavra ego e são íntimos da palavra trabalho."
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