Sai do chão! sai do chão! quem vota na educação!!!
texto extraído de: inesc.org.br
"Este foi o grito de guerra puxado por
um grande número de estudantes ligados a UNE e a UBES,
além de ativistas, professores/as, ongueiros/as,
gestores/as presentes à votação dos destaques ao Plano
Nacional de Educação (PNE) na Câmara dos Deputados,
quando ficou aprovado 10% do PIB para a Educação.
À meta 20, que fala do financiamento,
foram nove as emendas apresentadas ao texto do
relatório, no entanto, a aprovada foi de autoria do
deputado Paulo Rubem Santiago (PDT/PE), por permitir
maior flexibilidade, 7% nos primeiros cinco anos e 10%
na segunda metade do Plano. De acordo com o
parlamentar, a ampliação da proposta de 8% apresentada
pelo governo federal, para os 10% propostos pela
Comissão Especial, significa 90 bilhões a mais para a
educação.
Engraçado que parte da mídia anotou
que não havia mobilização em torno da proposta. Será
que não viram? Desde abril de 2011, quando foi
instalada a Comissão, durante as 40 sessões
realizadas, sempre houve presença massiva de ativistas
dos mais diversos lugares, desde profissionais da
educação até membros de organizações da sociedade
civil defensores de direitos.
Além da aprovação do destaque para a
meta 20, aprovou-se, ainda, a antecipação da meta de
equiparação do salário dos professores ao rendimento
dos profissionais de escolaridade equivalente. O
relatório do deputado Ângelo Vanhoni (PT/PA) previa
o cumprimento dessa meta até o final da vigência do
plano. O destaque aprovado, no entanto, antecipa a
meta para o final do sexto ano do PNE.
É preciso que se diga que houve
manifestação unânime da Comissão, porém, isso é
resultado da intensa mobilização ao longo de vários
meses junto às lideranças partidárias e parlamentares
ligados à educação. Merece destaque o papel da
Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que
provocou debates, elaborou notas técnicas e fez
trabalho de formiguinha para convencer os indecisos e
mudar os votos daqueles que estavam convencidos que um
percentual menor seria suficiente.
Àqueles que argumentam que a questão
não é financeira, mas de gestão, afirmamos que também
é de gestão, de desrespeito aos profissionais da
educação, da não priorização da política de educação e
outras inúmeras questões que precisam ser resolvidas
para se ter educação de qualidade, mas a conta não
fecha e isso ficou provado.
Continuamos em campo, agora no
Senado. Outro jogo começa neste momento e precisamos
continuar atentos/as e fortes para que os/as
senadores/as mantenham o que foi aprovado na Câmara e
assim o projeto seguir para sanção presidencial. Até
porque estamos sem plano de educação há mais de ano. A
aprovação final é importante e urgente.
Fica registrado o dia 26 de junho de
2012 como marco dentre os tantos que existem ao longo
da construção da política nacional de educação, desde
os pioneiros, passando pela Constituição de 1988, Lei
de Diretrizes e Bases da Educação, Fundef, Fundeb.
Os/as parlamentares saíram do chão pela educação.
Pularam junto com os/as estudantes e todos/as em
uníssono cantaram o Hino Nacional. Foi emocionante
para quem acredita que educação pode mudar o rumo da
prosa, pode mudar os destinos do país, pode reduzir
desigualdades de renda, raça, etnia, gênero, regionais
e tantas outras mazelas que nos acompanham ao longo
dos 512 anos da chegada dos colonizadores.
Sai do chão, sai do chão, quem vota
na educação..."
Comentários
Na educação física temos uma "manifestação lúdica" semelhante: "quem não pula é do CONFEF" (o famigerado órgão de repressão da educação física). O problema é que para alguns de nós, essa é uma palavra de ordem que não duram muitas repetições.
Estou em Recife e seu e-mail está em meu computador. Por favor, mande uma mensagem, para que eu possa manter contato contigo. Passamos por Caicó semana que vem, possivelmente na quarta-feira
Abraços
Há braços!
Marcelo Russo