Ela Domina...por Rubens Lemos Filho
Assisti, na segunda pela manhã, no Bom Dia Brasil, pedaços da entrevista (exclusiva) da moça do Tribunal de Justiça do RN envolvida no "Escândalo dos Precatórios". Como disse, só vi pedaços da entrevista e fiquei boquiaberto com a "desenvoltura" dela ao falar de tanta porcanalharia que ela (e os supostos juízes envolvidos) faziam...Me pareceu alguém ensimesmada, engolida pela própria petulância...me assustei...e hoje à tarde, em um consultório médico, tive a oportunidade de ler texto escrito pelo jornalista Rubens Lemos Filho, que retratou com precisão o que eu senti ao ver aqueles "pedaços" sujos de arrogância. Não pedi autorização a ele para isso, mas ele publicou originalmente no seu blog, dia 14 de maio.
Veja aqui trecho da entrevista:
"DOMINAR E MULTIPLICAR, por Rubens Lemos Filho, em 14.05.2012
Se você deixar, ela domina. Faz questão de dominar e pronto. Dominou. Pelo olhar, pelas palavras, pela arrogância, pela eloquência impulsiva, imperativa. Ela dominou os precatórios, nem pestaneja ao dizer, foi aos mais luxuosos hotéis franceses, enriqueceu, apareceu na Rede Globo. Ela é fantástica na petulância, amedronta pela caixa preta que faz questão de aparentar e é novelesca no acinte.
Ainda era noite das mães quando se fez celebridade nacional a ex-chefe do Setor de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, Carla Ubarana. A mulher que detonou um milionário esquema de corrupção do qual contou usufruir talvez por saber ser esta uma terra de exibicionistas.
Milhões foram tungados do meu, do seu, do bolso do caboclo e da cabocla que saem às cinco da manhã de sua casa na Zona Norte para trabalhar no comércio, voltar em ônibus que parecem latas de sardinha, dar atenção aos filhos e desmaiar em sono comatoso.
Caboclos e caboclas de uma aldeia sem segurança, educação e hospitais lotados de velhos e crianças sendo substituídos quando viram defuntos.
Eis a mulher que ingênuos pensavam arrependida. Estava segura de si, como uma Odete Roitman bem-sucedida. Decidida, arrumada, semblante de assustar Hannibal Lecter, aquele do filme O Silêncio dos Inocentes. O olhar do ator Anthony Hopkins, por ficcional, me assustou menos que o aspecto autoritário e calculista da dominadora dos precatórios ao jornalista da Globo.
“Eu domino os precatórios”. Sua definição, sumária como uma sentença, quis dizer muito mais para qualquer anotador antiquado e em desuso (meu caso). Ela mandava dizer, ao Brasil, que dominava muito mais do que papéis e cédulas. Como não sou juiz nem repórter metido a usar toga virtual, a Justiça decidirá.
A Dominadora dos Precatórios, se demonstrou toda a autossuficiência sob vigilância do Batalhão de Operações Especiais e depois de desmontada pela investigação do Ministério Público, como não terá tratado os seus subordinados, em seu estilo “eu mando, eu posso, vocês obedecem, tenham juízo”? Imaginem.
Nem as imagens da mansão praiana cinematográfica, dos automóveis luxuosos, do dinheiro transformado em papel higiênico, de certo para nos simbolizar como produto do esquema, nada foi tão certeiro quanto o cinismo da mulher que mandava e ainda parece governar o caso tendo o luxo como objetivo e o lixo de metodologia.
Seu vaidoso marido, tão secundarizado e providencial ao catalogar aos promotores, o destino do que foi roubado, parece um pacato obediente. Ela, não. Ela domina.
Precatórios que lhe proporcionaram uma vida nababesca de Código Penal. Tomei um Dramin quando ela terminou de falar. Ela assusta. Se a mim foi assim, imagine a quem deixa transparecer que tem nas mãos sob o medo imposto por aquele olhar transfixante."
Veja aqui trecho da entrevista:
"DOMINAR E MULTIPLICAR, por Rubens Lemos Filho, em 14.05.2012
Se você deixar, ela domina. Faz questão de dominar e pronto. Dominou. Pelo olhar, pelas palavras, pela arrogância, pela eloquência impulsiva, imperativa. Ela dominou os precatórios, nem pestaneja ao dizer, foi aos mais luxuosos hotéis franceses, enriqueceu, apareceu na Rede Globo. Ela é fantástica na petulância, amedronta pela caixa preta que faz questão de aparentar e é novelesca no acinte.
Ainda era noite das mães quando se fez celebridade nacional a ex-chefe do Setor de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, Carla Ubarana. A mulher que detonou um milionário esquema de corrupção do qual contou usufruir talvez por saber ser esta uma terra de exibicionistas.
Milhões foram tungados do meu, do seu, do bolso do caboclo e da cabocla que saem às cinco da manhã de sua casa na Zona Norte para trabalhar no comércio, voltar em ônibus que parecem latas de sardinha, dar atenção aos filhos e desmaiar em sono comatoso.
Caboclos e caboclas de uma aldeia sem segurança, educação e hospitais lotados de velhos e crianças sendo substituídos quando viram defuntos.
Eis a mulher que ingênuos pensavam arrependida. Estava segura de si, como uma Odete Roitman bem-sucedida. Decidida, arrumada, semblante de assustar Hannibal Lecter, aquele do filme O Silêncio dos Inocentes. O olhar do ator Anthony Hopkins, por ficcional, me assustou menos que o aspecto autoritário e calculista da dominadora dos precatórios ao jornalista da Globo.
“Eu domino os precatórios”. Sua definição, sumária como uma sentença, quis dizer muito mais para qualquer anotador antiquado e em desuso (meu caso). Ela mandava dizer, ao Brasil, que dominava muito mais do que papéis e cédulas. Como não sou juiz nem repórter metido a usar toga virtual, a Justiça decidirá.
A Dominadora dos Precatórios, se demonstrou toda a autossuficiência sob vigilância do Batalhão de Operações Especiais e depois de desmontada pela investigação do Ministério Público, como não terá tratado os seus subordinados, em seu estilo “eu mando, eu posso, vocês obedecem, tenham juízo”? Imaginem.
Nem as imagens da mansão praiana cinematográfica, dos automóveis luxuosos, do dinheiro transformado em papel higiênico, de certo para nos simbolizar como produto do esquema, nada foi tão certeiro quanto o cinismo da mulher que mandava e ainda parece governar o caso tendo o luxo como objetivo e o lixo de metodologia.
Seu vaidoso marido, tão secundarizado e providencial ao catalogar aos promotores, o destino do que foi roubado, parece um pacato obediente. Ela, não. Ela domina.
Precatórios que lhe proporcionaram uma vida nababesca de Código Penal. Tomei um Dramin quando ela terminou de falar. Ela assusta. Se a mim foi assim, imagine a quem deixa transparecer que tem nas mãos sob o medo imposto por aquele olhar transfixante."
Comentários
Abraços
Gilmar
Estou lendo um livro chamado "Mentes Pergosas".Ali é um exemplo claro de psicopatia.Assisti na íntegra no Fantástico.É realmente de embrulhar o estômago.
Tive um trabalhão para explicar a Patrícia, que trabalha aqui em casa, como era o tal esquema dos precatórios. Por fim achei mais simples dizer para ela que o que aquela mulher gastou em diárias por uma semana num hotel de Paris daria para construir entre 30 a 40 casas do Minha Casa Minha Vida. Aí ela entendeu o que eu estava falando.
Grande Abraço,
nevinha