Na casa de Mãe Joana se chora pela crise na educação...
Reproduzo abaixo um vídeo cujo link circulou em uma das listas de discussão de que participo e que mostra uma catadora de material reciclável semianalfabeta emocionando uma plateia formada por pais de alunos e professores da rede pública municipal de Ipatinga, no Vale do Aço mineiro, durante uma assembleia, há duas semanas, por ocasião da discussão sobre a greve dos professores que lá ocorre desde o dia 8 de junho.
No vídeo, uma mãe (por nome Joana) desesperada, gritando em defesa da filha. Revela, também, alguém que acredita na utopia de ascensão social que a escola (ainda) proporciona e que exige de todos não apenas o cioso cuidado com a educação de si mesmo e dos próprios filhos, mas dos filhos dos que nos rodeiam, especialmente aqueles que nos rodeiam nos prestando serviços que não gostaríamos de fazer e que a escolaridade que adquirimos nos possibilita não optarmos por eles.
Na casa "dessa" Mãe Joana, o que há é uma busca cotidiana e sem descanso por uma vida digna, em cuja estratégia de conquista está, em lugar de destaque, a escola, os professores que nela trabalha...
"Joana D' Arc Emílio Rodrigues, 39, que ganha R$ 354 por mês e mora com dois dos sete filhos em um barraco de um cômodo, foi à tribuna defender o movimento grevista e cobrar agilidade da prefeitura nas negociações. Algumas pessoas presentes na reunião choraram durante o discurso de Joana. Uma das filhas da catadora, Jussara, 9, está no 3º ano do ensino fundamental e sonha em ser médica pediatra, segundo a mãe.
O vídeo com o discurso de revolta foi postado no site YouTube no dia 17 e, até a tarde de ontem, tinha 1.600 visualizações. Chorando, Joana disse que não quer ver Jussara repetir o seu destino, "mexendo em sacolinha de lixo para comprar o leite, o pão, a mamadeira do filho". "Eu quero a minha filha uma advogada, uma médica, uma dentista", afirmou.
Uma reunião ontem entre o comando grevista e o prefeito Robson Gomes da Silva terminou sem acordo. Entre as reivindicações dos professores, estão o pagamento do piso salarial e a manutenção de direitos. Joana participou do encontro como representante dos pais.
Os educadores rejeitaram a proposta da administração municipal, que ofereceu 6,47% de reajuste. Uma outra negociação foi marcada para a próxima quinta-feira.
Fonte: O Tempo
Notícia na íntegra:
http://www.otempo.com.br/ noticias/ultimas/?IdNoticia= 177741,OTE
VEJAM O VÍDEO NO SITE YOU TUBE:
No vídeo, uma mãe (por nome Joana) desesperada, gritando em defesa da filha. Revela, também, alguém que acredita na utopia de ascensão social que a escola (ainda) proporciona e que exige de todos não apenas o cioso cuidado com a educação de si mesmo e dos próprios filhos, mas dos filhos dos que nos rodeiam, especialmente aqueles que nos rodeiam nos prestando serviços que não gostaríamos de fazer e que a escolaridade que adquirimos nos possibilita não optarmos por eles.
Na casa "dessa" Mãe Joana, o que há é uma busca cotidiana e sem descanso por uma vida digna, em cuja estratégia de conquista está, em lugar de destaque, a escola, os professores que nela trabalha...
"Joana D' Arc Emílio Rodrigues, 39, que ganha R$ 354 por mês e mora com dois dos sete filhos em um barraco de um cômodo, foi à tribuna defender o movimento grevista e cobrar agilidade da prefeitura nas negociações. Algumas pessoas presentes na reunião choraram durante o discurso de Joana. Uma das filhas da catadora, Jussara, 9, está no 3º ano do ensino fundamental e sonha em ser médica pediatra, segundo a mãe.
O vídeo com o discurso de revolta foi postado no site YouTube no dia 17 e, até a tarde de ontem, tinha 1.600 visualizações. Chorando, Joana disse que não quer ver Jussara repetir o seu destino, "mexendo em sacolinha de lixo para comprar o leite, o pão, a mamadeira do filho". "Eu quero a minha filha uma advogada, uma médica, uma dentista", afirmou.
Uma reunião ontem entre o comando grevista e o prefeito Robson Gomes da Silva terminou sem acordo. Entre as reivindicações dos professores, estão o pagamento do piso salarial e a manutenção de direitos. Joana participou do encontro como representante dos pais.
Os educadores rejeitaram a proposta da administração municipal, que ofereceu 6,47% de reajuste. Uma outra negociação foi marcada para a próxima quinta-feira.
Fonte: O Tempo
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http://www.otempo.com.br/
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