Luto...segundo ato

Já se arrastavam duas semanas imerso, aparentemente imune às dores da vida...aparentemente...as dores físicas aplacadas pelos sedativos não diminuíam a dor de ver o mais querido irmão ser destroçado por um outro carro desgovernado. Assim, sedava, também, as possibilidades psicológicas de superar o gravíssimo estado em que se encontrava.
Às 16h30min, horário aberto para visitas, todos os dias, lá estavam a mãe ou a namorada ou o irmão... buscavam, inutilmente, encontrar uma reação, uma resposta...mas terça passada, quem estava ali era seu filho...o moleque chegou, desconfiado...uma situação absolutamente inédita e inesperada para ambos. Tocou-o de leve no braço e disse: "Oi pai...sou eu, seu filho, estou aqui, viu?"...um arrepio percorreu (visivelmente) seus braços e pernas...todos os indicadores (de pressão arterial, saturação, pulsação cardíaca) subiram (estavam, antes, sempre apontando para baixo)...o corpo parecia estar em felicidade. Finalmente poderia ir em paz...E assim foi...Minutos depois, todos os equipamentos postos e ligados no corpo de Alysson tornaram-se inúteis...Ele havia apenas esperado o filho chegar para dar seu (arrepiante) adeus...

Comentários

Anahi disse…
Que Deus te fortaleça nesse momento tão delicado e conforte o coração de toda sua família.
Forte Abraço!
Elda Melo disse…
Sandro,
Te conheço pouco, não sei de suas crenças... mas creio em um Deus que tem me ajudado a superar os obstáculos dessa vida. Por isso, peço a Ele que te conforte e te ajude a suportar esse momento tão doloroso.
Eu tb acredito nesses arrepios e nessas espécies d despedidas.Sou sensível demais a essas coisas.O ineressante é q estava pensando nessas coisas antes de ler isso.Já fui fanática por histórias do pré e pós morte.
Rose
Arrepiei-me com os arrepios citados por ti.Sou sensível, vovó era médium não desenvolvida.Acredito q ela tenha deixado-me algumas heranças.Houve um tempo em que o fanatismo era grande em entender o pré e o pós morte, mas o engraçado é que antes que vc postasse eu estava pensando em te falar tudo isso.
Darlihelman disse…
Muitos são os fenômenos que, de forma natural, lógico, ocorrem nos fazendo compreender que além desta matéria existe uma energia vital que é o espírito.....que continua. Todos temos sensibilidade e por isso independente de crença somos suscetíveis a vivenciá-la. Eis o caso. Muitos fatos ocorrem no nosso cotidiano e às vezes passam até desapercebidos...nos provando tantas coisas do pós desencarne...e o grupo familiar ao qual fomos eleitos a participar....esse é o grande laboratório de vivências que nos dá a oportunidade de crescimento no amor ...verdadeiro e único passaporte para um “futuro” feliz.
Compartilho do sentimento que o envolve diante da separação dos meninos...certa de que continuam no aprendizado necessário em outro plano e a eles vibro fortemente todos os dias em minhas preces...por uma recuperação breve e paz para os seus espíritos.
Um abraço primo!
Ana Lucia - RO disse…
Oi Sandro,
Lamento muito pelo ocorrido. Acabei de perder um sobrinho querido de 23 anos em um acidente de carro e sei a dor que deves estar sentindo, pois estou sentindo a mesma dor. A sua história me lembrou quando meu pai se foi, pois estava em coma e minha irmã estava no Rio e tão logo ela chegou, ele abriu os olhos depois de 2 semanas de coma, apenas para vê-la e se foi. Parece estranho, mas Deus responde todas as perguntas, e tenha a certeza que seu irmão estará em boa companhia. Meus sentimentos!!!
Sandra Rufino disse…
emoção aflorada, choro contido (na verdade não), paz e luz a todos nesse plano e no outro.
as coisas estão em seu eixo, apesar de aparentemente não.
courage meu amigo!
monica disse…
Força teacher,não compreedemos os desígnos de DEUS.Acredito que ambos "filho e pai"tiveram segundos de conforto.Ele foi liderar uma ótima colônia no céu,cheia de luz.FÉ.FORÇA.
Sandro Abayomi disse…
A todos e todas que me enviaram estas mensagens de carinho eu só posso devolver em dobro, dobrando infinitamente, cada vez que o infinito aparece...um beijo carinhoso...meu muito obrigado.
Rosa de França disse…
Meu querido amigo, seus irmãos voltaram para uma casa já conhecida por todos nós, somente esquecida, enquanto estamos por aqui. Casa que espero, casa com a qual sonho, casa de gomos de algodão doce e poemas na parede; de centenas de janelas, todas voltadas para o nascente; de portas destrancadas e amor que brota em todos os cantos, canteiros de paz. E, se nada do que escrevi te confortar, saibas que estarei sempre por perto, sempre, ali, no cantinho, canteiro, com um pouquinho de paz... para ti.
Rosa
Rosa de França disse…
Meu querido amigo, seus irmãos voltaram para uma casa já conhecida por todos nós, somente esquecida, enquanto estamos por aqui. Casa que espero, casa com a qual sonho, casa de gomos de algodão doce e poemas na parede; de centenas de janelas, todas voltadas para o nascente; de portas destrancadas e amor que brota em todos os cantos, canteiros de paz. E, se nada do que escrevi te confortar, saibas que estarei sempre por perto, sempre, ali, no cantinho, canteiro, com um pouquinho de paz... para ti.
Rosa
Rodrigo Barros disse…
"Havemos de nos resguardar da dor, de acordar e lutar para viver, mesmo a alma em soluços, mesmo que o espírito, anestesiado pela dor, perca a vontade de lutar e continuar a viver... havemos de nos resguardar da dor no alento dos braços do amor, que é o único que torna possível tudo, por ele, com ele, suportar..."

Professor, soube a pouco de suas perdas. Lamento.
nIC disse…
Ei, Prof
São coisas da vida, infelizmente não estão sob nosso domínio..
Força pra vc!
Neura Maria Weber Maron disse…
Creio firmemente que a última palavra sobre a vida não é a morte, mas a ressurreição!

Se achar que deve, assista a entrevista sobre a Páscoa e origem de seus símbolos, pelo P. Edgar da Igreja Luterana de Curitiba, da qual faço parte.

http://www.youtube.com/watch?v=a1Ny5N6kS_c

abraçoscomlaços,

Neura Maria Weber Maron

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