Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2011

50 anos da Campanha de Pé no Chão Também se Aprende a Ler

Imagem
Vasculhando textos e rememorando memórias para preparar minhas aulas, eis que me deparo com texto escrito por Moacyr de Góes sobre a experiência da Campanha de Pé no Chão Também se Aprende a Ler. E ele - que morreu ano passado - acaba por me lembrar que em  fevereiro de 1961, numa reunião do Comitê Nacionalista das Rocas, situada em uma das salas do grupo escolar onde hoje funciona a Escola Estadual Isabel Gondim, numa discussão sobre o analfabetismo em Natal (na época, a cidade contava com cerca de 25 mil analfabetos adultos), nascia a ideia de se fazer escolas de palhas de coqueiro, face aos poucos recursos da Prefeitura. Ainda há tempo para se começar a pensar nas comemorações. É tempo da UFRN e o Fórum Potiguar de EJA, a Secretaria Municipal de Educação de Natal, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN, os mandatos populares dos partidos de esquerda organizarem uma agenda de atividades não apenas para lembrar e marcar a data, mas também discuti-la, pelo que tem de pioneiris

Insegurança Pública no meio rural...

Imagem
Meu domingo começa com uma triste notícia recebida de Luana, clarinetista da Filarmônica Eco da Terra, do assentamento Modelo, de João Câmara. Segundo me informa, computadores de um projeto de inclusão digital em desenvolvimento há seis meses, equipamento de som da banda, contra-baixo e guitarra...tudo roubado de dentro da sala onde ficavam para o usufruto das crianças, jovens e adolescentes da comunidade. A insegurança graça no meio rural potiguar e o tema recentemente recebeu uma abordagem do professor Edmilson Lopes Júnior em artigo publicado no sítio do Deputado Mineiro, do PT, intitulado "Segurança Pública e Desenvolvimento Rural". Os casos de violência que importam à mídia e ao poder público parecem se restringir àqueles que envolvem os movimentos sociais (o MST, especialmente), a partir de uma ultrapassada visão de que problemas sociais são, em última instância, resolvidos pela ação policial. Mas, como bem apontou Edmilson, o cotidiano violento no meio rural não é oc

25 anos dos meninos e meninas músicos de Cruzeta

Imagem
Dias desses postei um texto sobre a Orquestra Jovem de Venezuela e o maestro Dudamel e na postagem me referi aos amigos Ubaldo e Bembém, como referências que tenho de trabalhos que não são "apenas" sociais, mas, principalmente, "humanos", porque quando eles regem uma Banda ou coordenam um projeto de formação musical, não estão apenas "ocupando o tempo ocioso" das crianças, adolescentes e jovens com os quais trabalham. Esses educadores musicais ensinam esse pessoal todo a serem "gente". Pois bem, recebo notícias lá de Cruzeta, de meu amigo Bembem (regente da Filarmônica cujo trabalho se iniciou com o genial Ubaldo Medeiros, filho de Seu Biu e irmão de Urbano e Totó Medeiros, músicos que transformam música em poesia sonora): A AMUSIC (Associação Musical de Cruzeta) e a Filarmônica de Cruzeta parabeniza e comemora a aprovação de 8 alunos nos cursos técnico e bacharelado, todos na EMUFRN (Escola de Música da UFRN). Foram eles: RAFAELLA CRISTINA D

PT 31 anos e algumas intuições para os próximos anos...

Imagem
O PT completou 31 anos de idade. Não pude ir às festas, mas tive vontade de ir, afinal faço parte dessa história. Participei ativamente de pelo menos um terço da história do partido aqui no RN. E não foi qualquer terço não. Foi aquele primeiro terço, quando só se tinha uma kombi para se fazer uma campanha eleitoral no Estado todo; quando madrugávamos pixando muros ou rodando panfletos; quando retirávamos um pedaço da tarde, do dia ou da noite para distribuírmos os tais panfletos, rodados ao custo da contribuição voluntária de boa parte dos militantes...enfim, um tempo no qual a vontade de mudar a realidade e a paixão por alguns princípios políticos básicos foram o principal combustível para a existência do partido. Época em que muitos de nós eram até mesmo ridicularizados porque defendíamos energicamente um partido que não tinha expressão alguma, não tinha nenhum parlamentar...Mas isso era motivo, inclusive, para argumetarmos em defesa de nossos sonhos e projetos. É verdade que o PT

A Igreja Católica e a TI

Imagem
De repente leio que os católicos não poderão fazer suas confissões por iPhone...O Padre Frederico Lombardi avisou para seu rebanho que o aplicativo lançado nos EUA não pode ser utilizado ( http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2011/02/09/catolicos-nao-podem-se-confessar-pelo-iphone-diz-vaticano.jhtm )...uma pena...Sempre fui defensor do uso da tecnologia em todas aquelas áreas da humanidade marcadas pela "polêmica": o futebol, a política e religião - não é à toa que temos uma máxima popular de que em futebol, política e religião não há discussão. Mas o fato é que no futebol sabemos o quanto os erros humanos dos árbitros produzem verdadeiras injustiças e, por isso mesmo, tem havido um forte movimento no sentido de se colocar a tecnologia cada vez mais à serviço da lisura das decisões daqueles senhores. Na política, então, o Brasil tem sido elogiado internacionalmente pela decisão em informatizar os processos eleitorais que, apesar da necessidade de algunas aperf

Orquestra Jovem da Venezuela e Gustavo Dudamel

Imagem
Lendo um exemplar da Revista Bravo! me deparei com uma reportagem sobre uma das maiores revelações da regência de orquestras da atualidade, o venezuelano Gustavo Dudamel que com apenas 28 anos já regeu as maiores orquestras do mundo. Algo me chamou a atenção: Dudamel é cria do Projeto El Sistema, em desenvolvimento na Venezuela há 30 anos, cujo objetivo é formar musicalmente crianças e jovens dos extratos mais pobres da população daquele país. Lembrei-me, imediatamente, das experiências conduzidas pelos amigos Bembém e Ubaldo, pelos sertões de nosso Estado, especialmente no Seridó, fortalecendo a tradição das bandas (filarmônicas ou sinfônicas), que resiste há mais de 100 anos, e torna essas bandas o verdadeiro espaço de Formação Musical (assim mesmo em letras maiúsculas) de centenas de crianças e jovens do interior do Estado. Uma experiência que, caso tivesse um maior apoio institucional (até o ano passado, a rede de bandas aqui no RN se sustentou, em grande medida, com recursos do Pr