(Boas) notícias de um país que muitos não querem conhecer...o PNAD 2009

Os números estão aí. Não gosto daquela frase "contra fatos (ou números, dirão alguns) não há argumento", porque cada um pode ver números e fatos de vários lugares e, portanto, atribuir os mais diversos sentidos. Daqui do meu canto, vendo as informações divulgadas pelo IBGE me animo e, sem ingenuidades, vejo que estamos entrando em um (novo)outro momento histórico, bem diferente do que tínhamos há dez anos atrás quando o Brasil pediu socorro ao FMI...bem diferente de vinte anos atrás quando se chamou os anos 80 de "década perdida"...As barrinhas e setinhas inevitavelmente apontavam mais negatividade que positividade...Estamos com um milhão de pobres a menos...Leio na Carta Capital que trata-se de uma redução que se dá no meio da maior crise do capitalismo mundial desde 1929. No apagar das luzes da Era FHC, em janeiro de 2003, registrava-se 49 milhões de pobres, um total reduzido agora para 28,8 milhões. Ainda que se considere como uma taxa muito alta (e é), há uma evidente trajetória de inclusão com uma inegável velocidade: se considerarmos pobres aqueles que ganham até 1/2 salário mínimo por mês, o percentual da pobreza na população recuou de 44,9% no final do ciclo tucano para 29,7% agora. A renda média dos domicílios (soma de salários, benefícios sociais, aposentadorias,etc) obteve um crescimento de 3,6% ao ano desde 2004. No ciclo tucano, de 1998 a 2003, a renda média dos domicílios brasileiros caiu 4% ao ano. Ou seja, não houve anteparo social contra as intempéries brutais da meteorologia capitalista. Os mercados cuidavam do assunto...como não celebrar uma conquista dessas num capitalismo que mal consegue abandonar seus traços escravagistas?...Coisa para velhos/as e moços/as pensarem...

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