Meu Vinho
Meu vinho,
vem vindo,
escorrendo pela minha boca,
se apropriando das corredeiras
de minha língua.
Meu vinho,
vem rindo,
inundando com seu sorriso,
meus olhos ávidos,
minhas horas cálidas.
Meu vinho,
quando desce pela taça
- o encontro do líquido com o cristal -
produz gemidos
que escapam e se transfiguram
em flores perfumantes e dançantes,
diante de meus olhos alegres,
pétalas que se espalham
noite adentro,
quarto adentro,
desejo adentro,
e eu adentro.
Comentários
Quem escreve
Escreve o que sente
Por mais que mentir, tente...
O poeta é tão fiel ao sentimento
Que não desvia um só momento
No foco sempre atento
Em alegrias ou lamentos
O poeta é original
Usa a realidade real
Se mostra natural
Sendo sentimental
Parabéns professor!!!Muito bons seus escritos.