Sete Vidas

Uma dica para quem gosta de cinema é ver o filme "Sete Vidas". Cheguei ao cinema para ver um outro que já me haviam recomendado ("30 quadros por segundo"), mas por motivos alheios à minha vontade acabei chegando atrasado e como não gosto de pegar os filmes pelo meio resolvi ver este.
Trata-se do relato da saga de um homem que guarda um segredo (cujas pistas são oferecidas ao longo do filme, em algumas cenas) e por causa dele resolve aproximar-se de algumas pessoas necessitadas de algum tipo de ajuda.
O personagem principal é como determinadas pessoas (muitas vezes anônimas) que como anjos desconhecidos e solenes resolvem doarem-se aos outros sem exigirem nada em troca. São como rios que alimentam o mar movidos por forças que lhes são alheias e sem controle.
Nos dias que (nos) corr(o)em a rapidez como vemos a vida (a nossa e dos outros) passar nos impede de fazer coisas simples como dar uma parada, respirar e doar-se ou fazer uma doação. Não falo de esmolas, nem de campanhas humanitárias esparsas. Essas formas (nobres, de alguma forma) nos remetem sempre a um movimento de retorno à distância. Damos um pouco de nós e depois nos voltamos ao nosso cotidiano um tanto "tranquilos" que aquela doação será "creditada" no dia do juízo final. Não. Penso numa entrega que ao mesmo tempo que se faz entrega de algo a alguém, se entranha e diz que não saímos um do outro. O filme fala disso e deixo a vocês essa dica.
Por fim, e por falar em entrega, o Hemocentro está com estoques baixíssimos de sangue. Aproveitem as férias (quem está, claro!) e dêem uma dose de saúde, esperança, vida e amor para ilustres desconhecidos.
Em outro momento, escreverei sobre a história de um certo poeta amigo meu que "deu seu sangue" para conquistar uma garota que segundo ele cheirava e tinha o sabor de pitanga. Mas preciso da autorização dos dois para publicá-la (rsrs)...

Comentários

Anônimo disse…
Oi!
Gostei do resumo do filme, adorooo cinema e no local atual aonde vivo está fora de cogitação... Recordei filmes assistidos e me "bateu" saudade do movimento dos cinemas, o cheiro de pipoca no ar, os comentários entre as cenas... a expectativa quanto ao final. "Sete Vidas", lembrarei para assistir em breve...
Quanto ao comentário seguinte, fiquei curiosa para conhecer a história do poeta amigo seu, parecer ser um "causo" interessante.

Um beijo!

Postagens mais visitadas deste blog

Briga na Procissão, de Chico Pedrosa

A intempestividade da proposta de desfiliação do ADURN ao PROIFES

PROIFES e ANDES-SN: quando enfatizar diferenças é sinal de fraqueza