Cantos e Encantos de Fé: o espetáculo do Sertão Encanto
Conforme prometido hoje comentarei o espetáculo "Cantos e Encantos de Fé", apresentado pelo Coral Sertão Encanto no último dia 25 de novembro, às 20h, no Centro Cultural Adjuto Dias, em Caicó-RN.
Apesar do atraso e ser suspeito em fazer quaisquer comentários (dado que compus a equipe de concepção e produção do espetáculo, juntamente com Danilo Guanais e Custódio Jacinto), não me furto a tecer palavras sobre um evento o qual, segundo pude ouvir diretamente ou
"de ouvir falar", foi capaz de emocionar quem esteve lá no teatro, do início ao fim.
O espetáculo não foi só do Sertão Encanto, é bom que se diga. Também subiram ao palco os corais Filhos do Sertão e Meninas do Encanto, surgidos como resultado do Projeto Sertão Encanto, patrocinado pelo Programa Petrobras Cultural. E fizeram bonito, sob a coordenação de Jussara e Francisco, coordenadores dos dois grupos. O primeiro, constituído por crianças de duas escolas públicas muinicipais de dois bairros periféricos da cidade (o Itans e o Recreio), e o segundo, formado por senhoras com mais de 50 anos.
O espetáculo foi marcado pela emoção o tempo todo porque nele se revelaram a força das crianças do Filhos do Sertão, a maioria das quais nunca haviam entrado no Centro Cultural e estavam ali não apenas dentro dele, mas no palco (!), cantando para amigos, familiares e desconhecidos...O mesmo podemos dizer das Meninas do Encanto, que no momento em que estiveram no palco ainda brindaram a platéia com uma forma pessoal de cantarem Mulher Rendeira, atravessando a música com versos compostos pelas próprias participantes do grupo.
Os que apostaram que o espetáculo seria pouco mais que um grupo de homens e mulheres em pé, cantando uma seqüência modorrenta de músicas sacras não apenas perderam a aposta, mas perderam uma bela noite de domingo.
É verdade que o grupo poderia ter tido mais músicas populares no repertório (e a idéia original era essa, mas a data do espetáculo não ajudou), mas isso não impediu que se assistisse um espetáculo dinâmico, movimentado, agradável de se ver. Aliás, quem visitar o sítio www.semopcao.com.br verá fotos muito bem feitas por Anailza de tudo o que aconteceu.
No mais, esperamos que esse trabalho não morra, não esmoreça. A participação da Petrobras se encerrou. Agora cabe à cidade como um todo (e aqueles que a governam em particular) pensarem a construção de uma política cultural capaz de garantir condições de produção e exibição do trabalho dos grupos e artistas locais; estimulando intercâmbios, formando platéias e apoiando projetos de formação de novos artistas, possibilitando aos cidadãos caicoenses mais alternativas de lazer, arte e cultura, para além do que vemos todos os finais de semana: montes e mais montes de jovens bebendo sem parar defronte a televisões assistindo o último DVD das bandas "Merda com Bosta", "Menina Menstruada" ou coisa parecida...
Apesar do atraso e ser suspeito em fazer quaisquer comentários (dado que compus a equipe de concepção e produção do espetáculo, juntamente com Danilo Guanais e Custódio Jacinto), não me furto a tecer palavras sobre um evento o qual, segundo pude ouvir diretamente ou
"de ouvir falar", foi capaz de emocionar quem esteve lá no teatro, do início ao fim.
O espetáculo não foi só do Sertão Encanto, é bom que se diga. Também subiram ao palco os corais Filhos do Sertão e Meninas do Encanto, surgidos como resultado do Projeto Sertão Encanto, patrocinado pelo Programa Petrobras Cultural. E fizeram bonito, sob a coordenação de Jussara e Francisco, coordenadores dos dois grupos. O primeiro, constituído por crianças de duas escolas públicas muinicipais de dois bairros periféricos da cidade (o Itans e o Recreio), e o segundo, formado por senhoras com mais de 50 anos.
O espetáculo foi marcado pela emoção o tempo todo porque nele se revelaram a força das crianças do Filhos do Sertão, a maioria das quais nunca haviam entrado no Centro Cultural e estavam ali não apenas dentro dele, mas no palco (!), cantando para amigos, familiares e desconhecidos...O mesmo podemos dizer das Meninas do Encanto, que no momento em que estiveram no palco ainda brindaram a platéia com uma forma pessoal de cantarem Mulher Rendeira, atravessando a música com versos compostos pelas próprias participantes do grupo.
Os que apostaram que o espetáculo seria pouco mais que um grupo de homens e mulheres em pé, cantando uma seqüência modorrenta de músicas sacras não apenas perderam a aposta, mas perderam uma bela noite de domingo.
É verdade que o grupo poderia ter tido mais músicas populares no repertório (e a idéia original era essa, mas a data do espetáculo não ajudou), mas isso não impediu que se assistisse um espetáculo dinâmico, movimentado, agradável de se ver. Aliás, quem visitar o sítio www.semopcao.com.br verá fotos muito bem feitas por Anailza de tudo o que aconteceu.
No mais, esperamos que esse trabalho não morra, não esmoreça. A participação da Petrobras se encerrou. Agora cabe à cidade como um todo (e aqueles que a governam em particular) pensarem a construção de uma política cultural capaz de garantir condições de produção e exibição do trabalho dos grupos e artistas locais; estimulando intercâmbios, formando platéias e apoiando projetos de formação de novos artistas, possibilitando aos cidadãos caicoenses mais alternativas de lazer, arte e cultura, para além do que vemos todos os finais de semana: montes e mais montes de jovens bebendo sem parar defronte a televisões assistindo o último DVD das bandas "Merda com Bosta", "Menina Menstruada" ou coisa parecida...
Comentários
As minhas melhores energias!!
Graça Melo
Brasilia