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Mostrando postagens de agosto, 2013

A NOVA HEGEMONIA, POR LINCOLN SECCO

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Reproduzo aqui, lúcido texto do professor de história da USP, Lincoln Secco (extraído do Portal Carta Maior ), que diz muito do que penso sobre o atual momento político. Abraços a todos e todas. "As manifestações de junho ainda deixaram um rescaldo. Não sabemos quando virá a nova onda. Embora generalizada, ela obrigou os prefeitos a tomarem medidas imediatas. Em agosto parece ter chegado a hora dos governadores. Descobriu-se rapidamente que a malversação dos recursos públicos é filha dileta do autoritarismo de Alckmin e Cabral, protegidos por anos pelo capital monopolista midiático. A onda chegará ao Congresso, ao judiciário e às Forças Armadas? Não sabemos. A onda sequer é uma palavra agradável desde que o filme alemão de Dennis Gansell Die Welle (a onda) recolocou o nazismo diante de nós. A imagem da onda é a da fúria e do caos. Para onde vão os manifestantes de junho se eles não têm partido? Do ponto de vista das classes sabemos algo sobre os manifestantes graças a ar

Cultura não é-vento ou como se fazer "política" cultural, por Rodrigo Bico

"Hoje vamos aprender como se faz uma grande atividade cultural para o seu estado. É uma receita de (in)sucesso inspirada na política do “Pão e Circo”. 1º Crie uma Secretaria Extraordinário (ou invisível) de Cultura e com isso burle a lei do Nepotismo. 2º Faça de conta que receberás todos os setores artísticos e/ou culturais do Estado, escute tudo que eles querem lhe dizer, não faça nada do que eles solicitaram. Após esta ação você vai ter um boicote “velado” a todas as suas ações. 3º Saia dizendo aos 4 (quatro) cantos que a Sociedade Civil não participa das suas ações e com isso vá fazendo o que você quer com a “pseudo-verba” que lhe é disponível no seu (Pro)Fundo Estadual de Cultura, assim ninguém cobrará nada de você (engano seu). 4º Utilize-se da alcunha do Cargo que ocupas e saia impondo de cima para baixo que todas as ações de toda e qualquer instituição pública, privada e de qualquer outra natureza (Secretarias de Estado, Sistema “S”, Universidades, projetos da lei C

POEMA DO NOVO AMOR

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Este poema é dedicado à dona desses olhos e de um vasto pedaço de meu coração, Sandra Rufino. Sequer pude pensar em anunciar rendição: você simplesmente chegou e se apossou do meu corpo como as vias paulistanas se apossam do caminhar dos anônimos como as mãos do arquiteto que rascunham formas na alma vazia do papel. Não tive tempo para pensar em guarda-chuva ou abrigo: você, temporal súbito, caiu sobre mim e me molhou inteiro. Minha boca, foi tomada pelo céu. Meu sol, engolido pela maravilhosa negranoite do teu corpo, minha morada e quintal.