TEM CABIMENTO PELÉ QUERER SER JULINHO DE ADELAIDE OU CHICO BUARQUE?
Por MARCOS DIONÍSIO MEDEIROS CALDAS Pelé, entrando na onda do revisionismo histórico em curso, falou que não jogara a Copa de 1974 incomodado que estava pelo fato do Brasil viver numa Ditadura. Eu era menino lá por Santos Reis e acompanhava tudo do futebol pela Placar e pelas rádios locais, onde pontificavam Hélio Câmara, Roberto e Franklin Machado, Rubens Lemos, Cassiano Arruda, Cezar Rizzo, Batista da Fonseca, Souza Silva, José Augusto e Celso Martinelli ( o homem que revolucionou o nosso rádio esportivo) e do Rio de Janeiro, através de um Rádio Motorola que era minha Internet. Foi feita toda uma comoção para fazê-lo jogar e ele sabidamente negou-se a voltar à seleção. Argumentava que queria ser lembrado no auge da sua carreira e não como um mais veterano se arrastando em campo e vivendo da fama. Bem informado, diferente de Zagallo e Parreira, acho que sabia também da revolução em curso da Laranja Mecânica e por isso sentou-se em cima dos louros de 1970 e da sua carreira vitori