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Mostrando postagens de junho, 2013

TEM CABIMENTO PELÉ QUERER SER JULINHO DE ADELAIDE OU CHICO BUARQUE?

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Por MARCOS DIONÍSIO MEDEIROS CALDAS Pelé, entrando na onda do revisionismo histórico em curso, falou que não jogara a Copa de 1974 incomodado que estava pelo fato do Brasil viver numa Ditadura. Eu era menino lá por Santos Reis e acompanhava tudo do futebol pela Placar e pelas rádios locais, onde pontificavam Hélio Câmara, Roberto e Franklin Machado, Rubens Lemos, Cassiano Arruda, Cezar Rizzo, Batista da Fonseca, Souza Silva, José Augusto e Celso Martinelli ( o homem que revolucionou o nosso rádio esportivo) e do Rio de Janeiro, através de um Rádio Motorola que era minha Internet. Foi feita toda uma comoção para fazê-lo jogar e ele sabidamente negou-se a voltar à seleção. Argumentava que queria ser lembrado no auge da sua carreira e não como um mais veterano se arrastando em campo e vivendo da fama. Bem informado, diferente de Zagallo e Parreira, acho que sabia também da revolução em curso da Laranja Mecânica e por isso sentou-se em cima dos louros de 1970 e da sua carreira vitori

"Aos meus netos"...mas também para os futuros avôs...por Jacques Gruman

Faz tempo, amigos guardam uns paninhos no armário. São babadores. Vez por outra, dão uma olhada, sonham o tempo de usá-los, suspiram, fecham a porta. Pertencem ao Movimento (ou será Clube?) dos Sem-Netos, ampla coalizão de ansiedade variável, mas esperança imperturbável. Ou quase. Dei adeus ao Movimento há quase quatro anos, nas asas do Miguel. Agora, meu time foi reforçado pela ala feminina. Laura chegou, a máquina de lavar não dá conta da limpeza dos babadores. Perseverai, aflitos por buás e Hipoglós, seu dia chegará ! Bebês e crianças convocam, intimam, exigem. Laboratório sofisticado, usam formas de comunicação que nem sempre compreendemos. Não há dicionários para o “criancês”. O diálogo passa por linguagens inventadas, intuídas, pacientes. Adultos, somos com frequência estragados por arrogâncias que assustam e inibem aqueles que apenas querem o direito de crescer em liberdade. Será que temos jeito? Miguel e Laura, para onde vai o mundo que lhes tocará viver? Se pudesse resum

Dia do namoro...dia dos namorados...uma dose de Artur da Távola

Para os que estão namorando, estão se separando, ainda descobrindo como se namora. Aos que se esqueceram de namorar. Aos que estão desesperados para arranjar um namoro antes que o dia acabe, deixo esse texto que muitos pensam ser de Carlos Drummond de Andrade, mas é de Artur da Távola. NAMORADO: TER OU NÃO TER É UMA QUESTÃO Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda, decidida, ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição. Que

Uma escola sem salas de aula, sem séries...para conhecer e refletir

Hoje li uma série de matérias sobre uma experiência que está sendo desenvolvida numa escola na Rocinha, no Rio de Janeiro...me entrego a pensar nas possibilidades dessas experiências pedagógicas sem preconceito. Penso que muita coisa que nos acontecerá "lá na frente" (quando, talvez, muitos de nós não estarão por aqui) está relacionada ou só se torna possível por causa de "loucuras" realizadas tempos antes. Matéria extraída de:  http://porvir.org/porfazer/rio-inaugura-escola-sem-salas-turmas-ou-series/20130125 "RIO INAUGURA ESCOLA SEM SALAS, TURMAS OU SÉRIES O Rio de Janeiro começa, nas próximas semanas, a experimentar um novo tipo de escola. Nada de séries, salas de aula com carteiras enfileiradas e crianças ordenadamente caminhando pelo espaço comum. A aposta para dar a 180 crianças e jovens da Rocinha uma educação mais alinhada com o século 21 é o Gente, acrônimo para Ginásio Experimental de Novas Tecnologias, na escola Municipal André Urani. O espaço,