O retrato de uma classe, por João Elter Borges Miranda
Um vídeo de setembro do ano passado que mostra um político qualquer chorando e enxugando as lágrimas numa bandeira viralizou nas redes sociais recentemente. Vi o vídeo e fiquei sem palavras. O papinho cheio de groselha do moleque em questão já é conhecido, mas desta vez o cara se superou. Cheguei a rir de nervoso. O que dizer desse sujeito? O vídeo é evidência cabal de que o sujeitinho mimado, que parece se achar a última bolacha do pacote, está se desenvolvendo: já era um debiloide que desmaia pra fugir do debate, agora é ainda mais. Que apelo mais baixo esse vídeo que esse filhote de fascista fez. O vídeo do floquinho de neve chorão é, de longe, o retrato de um play boy. O cidadão acha que o mundo é uma espécie de continuação de sua casa — onde todo mundo teria que ser um papai ou uma mamãe complacente, que tudo concede; foi ensinado a acreditar que merece, seja lá o que for que queira. E quando não consegue o que quer, sente-se traído e revolta-se com a “injustiça”. O ti